FENPROF alerta que “o tempo de serviço dos professores não custa 300 milhões nem é despesa permanente”

9 meses atrás 78

Segundo a federação sindical, desde 2018, ano do descongelamento da carreira, já se aposentaram quase 12 000 professores “e também vários milhares com mais tempo de serviço atingiram os dois escalões de topo, o que significa que o roubo de tempo de serviço, para esses, é irreversível”.

A FENPROF voltou a insurgir-se contra o chumbo, no Parlamento, da recuperação dos 6 anos, 6 meses e 23 dias de tempo de serviço dos docentes.  Diz que é tempo que está a ser “roubado aos professores” e que “já não custa 300 milhões, ainda que fosse feita de uma só vez”.

É lembrado ainda que “a chegada de docentes ao segundo ano do oitavo escalão da carreira (penúltimo), significa a impossibilidade de recuperação desse tempo na íntegra, pois passarão a faltar apenas 6 anos para chegar ao 10.º, o topo da carreira”.

Segundo a FENPROF, desde 2018, ano do descongelamento da carreira, já se aposentaram quase 12 000 professores “e também vários milhares com mais tempo de serviço atingiram os dois escalões de topo, o que significa que o roubo de tempo de serviço, para esses, é irreversível”.

Recorrendo à calculadora, sublinha que, perante o quadro atual, e com propostas de recuperação faseada por parte das estruturas sindicais, “o custo estará bem longe dos 300 milhões, como, aliás, já foi confirmado por estudo divulgado pela ANDE. Há que também ter em conta que nem todos os docentes que estão a perder tempo de serviço, o perderam integralmente, dado terem sido  colocados em horários temporários ou incompletos, ou terem estado desempregados”.

Realça ainda que essa “não será uma despesa permanente: em primeiro lugar porque os professores não chegarão a escalão acima daquele a que chegariam, só que mais cedo; depois porque os professores vítimas deste roubo não são eternos, aposentar-se-ão e sairão do sistema, sendo substituídos por outros que não têm qualquer tempo de serviço a recuperar”.

Ler artigo completo