Os principais destaques da partida entre SC Braga e Benfica. Os encarnados venceram por 0-1, com um golo de Casper Tengstedt, e subiram, ainda que à condição, ao primeiro lugar da Liga Portugal Betclic.
Não deixa dúvida: é muralha
Os primeiros tempos de Trubin com a camisola do Benfica abriram espaço a algumas dúvidas, mas o guarda-redes ucraniano não tardou em acalmar os adeptos encarnados e a exibição em Braga terá sido, porventura, a melhor que realizou ao serviço das águias. Seguro, frio e imperturbável, somou defesa após defesa para agarrar os três pontos. Não há dúvida: é muralha e das boas.
Poço de forças que justificou a aposta
Depois do golo decisivos de Arthur Cabral em Salzburgo, havia a possibilidade do brasileiro capitalizar no momento de confiança e figurar nos eleitos de Roger Schmidt. O técnico manteve Tengstedt e a aposta revelou-se acertada: fez o golo decisivo bem cedo, fartou-se de dar trabalho à defesa bracarense e não se escondeu de ser solução para o jogo ofensivo da equipa quer no ataque ao espaço, quer na aproximação para dar apoios frontais.
Diferenciado na execução
Já todos sabemos que não tem o fulgor físico de outrora, mas nem por isso deixa de ser de grande importância na manobra ofensiva da equipa. Na receção, no passe ou no remate, aquele pé esquerdo não engana e é como se nele estivesse instalado um íman capaz de atrair e «colar» a bola na bota.
Deu que fazer
Saltou diretamente para o onze inicial do SC Braga, após ter recuperado de lesão, e realizou uma exibição em crescendo. Criou dores de cabeça a Morato no flanco e por aquela zona criou uma série de desequilíbrios. Esteve perto de marcar um golaço na primeira parte, mas Trubin teve outras ideias.
Aquele lugar não é para ele
O cartão amarelo visto logo aos dois minutos não ajudou, mas Morato mostrou estar longe de ser mais do que um remendo para a asa esquerda da defesa da águia. Notou-se o desconforto em termos posicionais e a incapacidade de dar profundidade ao ataque pelo flanco. Foi o alvo constante das investidas adversárias e teve muito trabalho com Bruma e Álvaro Djaló pela frente.
A pior meia hora da época
Rodrigo Zalazar tem vindo a ser um elemento em afirmação no meio-campo bracarense, mas este domingo foi para esquecer para o médio uruguaio. Entregou o ouro aos encarnados no lance do golo de Tengstedt e a partir daí foi sempre a descer. Desconcentrado, errático e numa constante correria, mas sem grande objetivo. A pior meia hora com a camisola arsenalista até ter sido retirado de campo por Artur Jorge.