França e Djibuti renovam parceria na defesa após dois anos de negociações

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De acordo com um comunicado de imprensa da Presidência francesa, os dois chefes de Estado "concordaram em concluir as discussões sobre a ambiciosa reforma do Tratado de Cooperação em matéria de Defesa entre a França e o Djibuti".

Este tratado rege a presença no pequeno país com uma posição estratégica na África Oriental das Forças Francesas Destacadas no Djibuti (FFDJ), compostas por 1.500 militares, o maior contingente francês no estrangeiro.

"A versão renovada do TCMD reflete a excelente relação que prevalece entre os nossos dois países e a convergência dos nossos interesses estratégicos", sublinha o Palácio do Eliseu, sem referência formal à assinatura de um acordo.

Este anúncio surge numa altura em que a França prevê reduzir a sua presença militar na África Ocidental e Central a algumas centenas de homens, após uma série de reveses no Sahel nos últimos anos.

Mas Paris excluiu desde o início a ideia de incluir nos seus planos de redução a sua base em Djibuti, um ponto de apoio estratégico.

Ilha de estabilidade muito apreciada numa região conturbada, este pequeno país da África Oriental está situado em frente ao Iémen, no fim do Mar Vermelho, no estreito de Bab-el-Mandeb, por onde passa uma grande parte do comércio mundial entre a Ásia e o Ocidente.

Até à data, as negociações enfrentaram dificuldade em chegar a uma conclusão. De acordo com uma fonte próxima das negociações, o Djibuti tencionava impor um aumento significativo da renda paga pela França pela presença permanente dos seus soldados.

Paris está ligada a esta antiga colónia francesa por acordos assinados em 1977 e novamente em 2011. No entanto, as autoridades francesas só começaram a pagar a renda em 2003, na sequência do posicionamento das forças armadas americanas no país.

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