FUTSAL | Strike 2: Sporting CP a uma vitória do inédito tetra

4 meses atrás 101

Strike dois, o que significa que mais um e o SC Braga está fora. Esta terça-feira, o Sporting CP foi ao Minho vencer por 0-2 e reforçar a candidatura ao inédito tetracampeonato. Os leões estão a apenas um triunfo de conseguir um feito nunca antes conseguido no futsal nacional.

Durante mais tempo, os verde e brancos foram a melhor equipa. Uma entrada forte fez tremer a equipa da casa e o SC Braga só foi capaz de reagir já na segunda parte, mas nunca sendo capaz de incomodar Henrique Rafagnin na mesma escala que o conjunto leonino incomodou Dudu. O guarda-redes brasileiro, aliás, manteve o encontro vivo até ao fim com mais uma exibição de altíssima qualidade.

Forçar só o necessário

Cinco minutos à Sporting. Foi tudo isto que a equipa de Nuno Dias precisou para marcar distâncias na etapa inaugural do encontro. Uma entrada forte em quadra, com bloco alto e uma pressão sufocante deixaram o SC Braga à deriva e incapaz de desbravar caminho até à baliza de Henrique Rafagnin.

Pany Varela deu o primeiro aviso apenas com dois minutos cumpridos e, embora os instantes que se seguiram não tenham necessariamente trazido grandes oportunidades para os leões, futsal jogou-se sempre praticamente em meia quadra, a metade arsenalista. Só aos seis minutos se ouviu o primeiro bruaá na bancada, com um remate de Fábio Cecílio que atingiu a baliza, mas pelo lado de fora.

Na resposta, 0-1 para o Sporting CP: Tomás Paçó fez uma maldade de todo o tamanho a dois adversários, com uma finta de corpo que deixou ambos fora de cena, e antecipou a troca de prendas natalícia com Anton Sokolov, oferecendo o golo ao russo numa bandeja de prata. Wesley Reinaldo quase fez o segundo logo a seguir e Tiago Sousa, na melhor oportunidade dos bracarenses, falhou o empate ao segundo poste.

A pouco e pouco, o SC Braga equilibrou a contenda, mas no ar permaneceu a sensação de que o Sporting CP é que ditava o que se passava na quadra. De facto, assim foi. Sempre que os leões aceleraram o jogo, os desequilíbrios foram criados e as oportunidades de golo surgiram. Em todas elas, porém, um denominador comum: Dudu a defender. O guarda-redes brasileiro foi o melhor elemento dos anfitriões na primeira metade.

Na defesa é que está a arte

Uma clara oportunidade de golo de Tiago Correia, logo no primeiro lance da segunda parte, deixou o sinal de que o SC Braga vinha mais atrevido para os segundos 20 minutos, algo que se veio a confirmar com o avançar do relógio. Quando se arrisca mais, porém, também se abrem mais espaços para o adversário explorar e, por isso, os primeiros minutos da segunda metade trouxeram chances para as duas equipas. O marcador, esse, não mexeu.

Com maior capacidade para ter bola e assumir as despesas do jogo, o SC Braga procurou fazer ao Sporting CP aquilo que os leões tinham conseguido na primeira metade. Os primeiros cinco minutos foram os mais difíceis para a equipa sportinguista, que depois estabilizou defensivamente e soube fechar os caminhos para a baliza de Henrique Rafagnin.

Galvanizado pela massa adepta que encheu as bancadas da AMCO Arena, o conjunto arsenalista não baixou os braços e recebeu uma prenda a pouco menos de seis minutos do final: Pany Varela derrubou Buzuzu, viu o segundo cartão amarelo e deixou o Sporting CP com menos uma unidade. Como seria de esperar, a equipa de Joel Rocha aproveitou para montar o cerco à baliza adversária e Bebé só não fez o empate porque João Matos - entrou imediatamente para defender em inferioridade numérica - desviou o remate para o poste.

Se defender em inferioridade numérica é uma arte, João Matos é a personificação de Van Gogh. O capitão foi o primeiro a saltar para a quadra no momento mais difícil e guiou as tropas para a vitória na batalha que foram os dois minutos com menos uma unidade. O Sporting CP sobreviveu e esperou pelo 5x4+GR adversário para matar a partida com um golo de Wesley Reinaldo. Sábado há mais... e pode haver tetracampeão.

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