À medida que nos aproximamos de 2025, a indústria em geral, e a indústria da publicidade em particular, enfrentam um cenário de mudanças económicas, tecnológicas e culturais. Tudo está a mudar rapidamente e, quase sem nos apercebermos, a forma como as marcas se relacionam com os seus públicos está a ser transformada.
Os principais diretores executivos de agências globais partilharam as suas previsões sobre o que esperar em 2025 com o meio de comunicação especializado britânico The Drum.
Mark Penn, presidente e diretor executivo da Stagwell, afirma que as tendências da publicidade serão diretamente influenciadas pelo contexto económico.
De acordo com Penn, a economia global parece estar a caminhar para uma “aterragem suave”, o que significa que os consumidores continuarão a comprar e os anunciantes continuarão a investir nas suas campanhas.
Embora 2024 não tenha o ímpeto de uma época política nos EUA, a IA será uma das principais forças a impulsionar o crescimento do sector da publicidade, integrando-se ainda mais em todas as áreas do negócio.
A IA, que já começou a revolucionar a publicidade, desempenhará um papel ainda mais decisivo em 2025.
Sarah Collinson, CEO da Havas New York, diz que a IA não deve ser vista como uma ferramenta específica de uma área, mas como uma tecnologia transversal que afetará todos os aspetos da indústria.
A chave, diz Collinson, será tornar as equipas e os processos mais flexíveis para se adaptarem às novas aplicações da IA, desde a automatização de tarefas à personalização de campanhas.
Nick Coronges, diretor global de tecnologia da R/GA, acredita que a IA generativa irá conduzir a uma transformação na interação entre marcas e consumidores.
Para ele, a IA irá permitir experiências de retalho mais personalizadas, localizadas e em tempo real, melhorando a experiência do utilizador.
Coronges prevê que, em 2025, a IA desempenhará um papel ainda mais importante, não só otimizando os custos, mas também permitindo que os consumidores utilizem interfaces inteligentes para efetuar compras automaticamente.
À medida que a IA avança, as expectativas quanto à sua utilização prática continuarão a crescer. Dani Mariano, presidente da Razorfish, afirma que, em 2025, as marcas e os consumidores estarão à procura de resultados tangíveis das tecnologias emergentes, especialmente em IA e realidade alargada (XR).
De acordo com Mariano, 2025 também será um ano em que a tecnologia blockchain ganhará força, oferecendo valor às marcas por meio de aplicativos que vão desde a verificação de conteúdo até a melhoria da eficiência do processo.
Entretanto, Ryan Fisher, presidente da Wieden+Kennedy Londres, prevê que as marcas adotarão uma abordagem mais ampla à resolução de problemas, utilizando a criatividade como uma ferramenta fundamental.
Fisher afirma que as marcas que conseguirem desenvolver plataformas criativas consistentes, em vez de se concentrarem apenas em campanhas individuais, serão capazes de gerar um impacto cultural mais forte e mais relevante.
A criatividade será mais valiosa do que nunca em 2025. Emma Armstrong, CEO da FCB New York, afirma que as agências que se concentram em fornecer soluções criativas excepcionais estarão mais bem posicionadas.
De acordo com Armstrong, a fusão de agências criativas e de meios de comunicação social irá continuar, impulsionada pela necessidade de simplificar o ecossistema publicitário e de fornecer resultados mais eficazes aos clientes.
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