Galp recua mais de 3% e PSI contraria ganhos europeus

9 meses atrás 88

A bolsa de Lisboa encerrou no ‘vermelho’, num dia fortemente marcados pelas mexidas que se fizeram sentir no mercado petrolífero. O barril de crude está a cair mais de 4%, prejudicando as cotadas da energia, mas transmitindo boas sensações noutros sectores.

A bolsa de Lisboa recuou 0,85% na sessão desta segunda-feira, até aos 6.478,25, com destaque para a queda de 3,58% protagonizada pelos títulos da Galp, que estavam a ser negociados em 13,89 euros, em face da redução dos preços do barril de crude e de Brent à escala global.

Ainda no que diz respeito às quedas, a Mota-Engil atingiu os 2,46% e ficou-se pelos 4,355 euros, ao passo que a EDP Renováveis resvalou 1,89%, agora em 17,34 euros por ação. Em sentido contrário, o maior ganho foi da Jerónimo Martins, na ordem de 0,81%, até aos 22,44 euros.

Entre os principais índices europeus as sensações são bem distintas, já que todos sobem, liderados pela Alemanha, na ordem de 0,73%, depois de revelada a balança comercial de bens, que indica que o aumento registado ao nível das exportações supera o aumento das importações.

Seguiu-se o índice agregado Euro Stoxx 50, em 0,46%, Espanha, com uma subida de 0,44%, Itália, que ascendeu aos 0,41% e ainda França, ao avançar 0,40%. O Reino Unido registou uma subida mais ténue, na ordem de 0,06%.

No mercado petrolífero, o barril de Brent está a cair 3,76%, até aos 75,78 dólares, ao mesmo tempo que o crude recua 4,53% e está a ser negociado em 70,47 dólares.

Nas negociações de divisa, o euro adianta-se 0,31% e um euro corresponde agora a 1,0975 dólares.

“As bolsas europeias foram ganhando tração ao longo da sessão, motivadas pela descida dos juros de dívida soberana, e a grande maioria acabou por encerrar em alta”, sublinha-se na análise do departamento de mercados acionistas do Millenium Investment Banking.

Em simultâneo, “a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais, depois da Arábia Saudita ter cortado os preços oficiais de venda para todas as regiões, parece ter feito acreditar que o movimento poderá reduzir as pressões inflacionistas e justificar descida de juros pelos bancos centrais, animando os setores cíclicos”, assinalam os analistas que advertem, ainda assim, para as problemáticas geradas por este panorama.

“No entanto teve naturalmente impacto adverso no setor Energético. Isto acabou por arrastar a Galp para uma queda superior a 3%, num dia em que o PSI acabou por contrariar os ganhos exteriores”, refere-se.

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