Gás: União Europeia enfrenta Inverno com “otimismo cauteloso”, diz DBRS

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Carlo Capuano, vice-presidente sénior da agência de notação DBRS, considera que mesmo num “cenário negativo e improvável de um aumento de 10% nas necessidades de gás”, a UE deverá ser capaz de terminar o Inverno com 47% de capacidade estimada de armazenamento de gás.

O último Inverno foi ameno e a União Europeia (UE) está a entrar neste Inverno com um elevado armazenamento de gás, o que na perspetiva da agência de notação DBRS, se traduz num “otimismo cauteloso” na forma como a União vai enfrentar a estação mais fria do ano e no equilíbrio entre a oferta e a procura de gás natural.

O outlook da DBRS aponta para uma procura de gás em linha com a fraca situação económica, enquanto as importações por gasoduto deverão permanecer estáveis ​​nos próximos meses. E embora as exportações de gás natural liquefeito (GNL) para a Ásia continuem a crescer, o aumento não deverá exercer uma pressão significativa sobre os preços nem sobre os  fornecimentos à UE, uma vez que a crescente capacidade de exportação de GNL dos EUA poderá mitigar um tal impacto.

Segundo a agência, os preços dos futuros sugerem “preocupações modestas” nos próximos meses. Com o mercado global equilibrado, o aumento da produção a partir dos níveis atuais será um desafio. Por conseguinte, os preços estão sujeitos a episódios de volatilidade que poderão intensificar-se caso as temperaturas na UE e no hemisfério norte caiam muito abaixo das médias recentes ou ocorra um evento exógeno (greves, danos físicos, guerras, etc.)

“Os inventários de armazenamento de gás são elevados e o mercado de GNL continuará a garantir o fornecimento mais importante de gás à UE no futuro. Isso é tranquilizador”, afirma Chris Mikrovas, analista sénior da DBRS Morningstar.

“Mesmo num cenário negativo e improvável de um aumento de 10% nas necessidades de gás, devido a um Inverno mais frio do que a média, juntamente com um corte nas restantes entregas de gás da Rússia, a UE deverá ser capaz de terminar o Inverno com 47% de capacidade estimada de armazenamento de gás. De uma perspetiva histórica, este ainda seria um nível de armazenamento relativamente saudável”, afirma Carlo Capuano, vice-presidente sénior da agência.

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