Gémeas: Filho do Presidente vai ser ouvido por videochamada mas usa “direito ao silêncio”

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Nuno Rebelo de Sousa foi constituído arguido na semana passada no caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um dos medicamentos mais caros do mundo, com o tratamento a rondar os quatro milhões de euros.

O filho do Presidente da República mostrou-se disponível para ser ouvido pelo Parlamento no âmbito do caso das gémeas luso-brasileiras. Nuno Rebelo de Sousa indicou estar disponível para ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) através de videochamada no próximo dia 3 de julho, pelas 14 horas.

A notícia foi avançada pela “SIC” na resposta do filho de Marcelo à convocatória da CPI. No entanto, tudo indica que Nuno Rebelo de Sousa invoque direito ao silêncio e utilize o estatuto de arguido para não responder às questões dos deputados, algo já feito por António Lacerda Sales na primeira audição.

“Se a Comissão, apesar de o mesmo ter já informado que vai usar do seu direito ao silêncio, e que vai fazê-lo na íntegra, considera a audição necessária e útil, e considerando que a Comissão admite, agora, a possibilidade de a audição se realizar por videoconferência, então, naturalmente, confirmamos a disponibilidade do nosso constituinte para essa videoconferência”, escreveram os advogados de Nuno Rebelo de Sousa à convocatória, citados pela publicação.

No entanto, a defesa do filho do Presidente da República lembra que este já tinha admitido responder aos deputados quando fosse possível deslocar-se a Portugal.

Lembrar que Nuno Rebelo de Sousa foi constituído arguido na semana passada no caso das gémeas luso-brasileiras que receberam um dos medicamentos mais caros do mundo, com o tratamento a rondar os quatro milhões de euros para ambas. O filho de Marcelo Rebelo de Sousa é suspeito de exercer influências políticas junto do pai e do Ministério da Saúde para que as crianças recebessem o tratamento.

Além de Nuno Rebelo de Sousa, também Lacerda Sales, ex-secretário de Estado e Adjunto da Saúde, e Luís Pinheiro, ex-diretor clínico do Hospital de Santa Maria, são arguidos no mesmo caso.

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