​Governo admite apoios para professores deslocados já no próximo ano letivo

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O Governo admite dar apoio a professores deslocados em Lisboa e no Algarve já no próximo ano letivo, reconhecendo que “é expectável” existirem “dificuldade em suprir as necessidades”, na grande Lisboa e Algarve.

No fim de nova ronda negocial com os sindicatos sobre o plano “Mais Aulas, Mais Sucesso” para tentar reduzir a falta de professores nas escolas em 2024/2025, o ministro da Educação Fernando Alexandre reconhece que podem ser precisas mais medidas.

“Neste pacote de medidas não está previsto, mas consideramos que, de facto, é preciso algum incentivo para que nestas regiões, a área metropolitana de Lisboa, onde os custos de alojamento em particular são muito elevados, e também no Algarve, possa haver um incentivo adicional”, disse o ministro, em declarações aos jornalistas.

Fernando Alexandre adianta que a definição desse apoio será feita “no âmbito da preparação do próximo orçamento”.

“Se tivermos, como é expectável, dificuldades em suprir as necessidades na grande área metropolitana de Lisboa, em particular, e no Algarve, que é onde temos as maiores dificuldades, a bem deste compromisso de redução significativo do número de alunos sem aulas, obviamente, medidas adicionais poderão ser necessárias”, reforça.

Já sobre a colocação de professores, tal como tinha avançado a Federação Nacional de Educação, o ministro Fernando Alexandre reconhece que “é necessário fazer uma preparação [do ano letivo] mais atempada”.

“O atual concurso está agora a ser concluído, começou em abril. É possível começá-lo em janeiro. Não há razão nenhuma para não começar e podermos ter muitas das dimensões que são essenciais para o planeamento do ano letivo, para o normal funcionamento das escolas muito antecipado”, explica.

O governante refere que, numa altura em que os professores e as escolas estão a “entrar de férias”, “não faz sentido toda esta incerteza que ainda existe”.

Questionado sobre se o novo calendário para a colocação de professores poderá ser maio, como sugeriu a FNE, o ministro garante que “ é possível” e que “vai acontecer no próximo ano letivo”.

“Este [concurso de professores] começou em abril. Se nós começarmos em janeiro é só andar para trás e ver que é possível em maio ter tudo pronto”, reafirmou.

Ainda sobre o atual concurso de professores, o ministro da Educação reconhece que este ano houve alguns problemas que afastaram cerca de 200 professores As situações estão identificadas e serão resolvidas, garantiu o governante.

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