Grandes empresas geram metade das receitas na União Europeia

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As empresas com mais de 250 trabalhadores têm pouca expressão numérica na Europa, mas representam mais de um terço da força de trabalho (56,5 milhões de pessoas).

As grandes empresas europeias, que são menos de 0,2% do número total na Europa, geraram metade (50%) do volume de negócios líquido (19,2 mil milhões de euros) da União Europeia (UE) em 2022, revela esta terça-feira o Eurostat.

As empresas com mais de 250 trabalhadores têm pouca expressão em termos de volume, mas representem mais de um terço da força de trabalho (56,5 milhões de pessoas). Por outro lado, tal como em Portugal, quase todas as empresas (99%) são micro e pequenas empresas com até 49 colaboradores.

“Juntas, as micro e pequenas empresas empregavam quase metade do pessoal nas empresas (49% ou 78,8 milhões de pessoas) e geraram 12,2 mil milhões de euros em volume de negócios líquido, representando 32% do volume de negócios líquido total”, de acordo com os cálculos do Eurostat com base no Structural Business Statistics.

Já as médias empresas, 50-249 funcionários, representavam em 2022 uma pequena parcela do número total de empresas na UE (só 0,8% ou 247 mil) e davam trabalho a 15% da população (24,6 milhões de pessoas), tendo registado aproximadamente um quinto do volume de negócios líquido (6,8 mil milhões de euros).

Segundo o organismo de estatística da UE, no ano passado, o grupo dos 27 Estados-membros tinha 32 milhões de empresas, que empregavam 160 milhões de pessoas e um volume de negócios líquido de 38 mil milhões de euros.

“A indústria teve o maior volume de negócios, gerando um terço do volume de negócios em 2022 (13,5 mil milhões de euros, 35% do volume de negócios líquido total). Com apenas 8% do número total de empresas (2,4 milhões), empregava cerca de um quinto da força de trabalho empresarial (33,1 milhões de pessoas, 21% do número total de pessoas ocupadas)”, lê-se no relatório do Eurostat.

Em segundo lugar neste ranking de segmentos de atividade surge o comércio, que representou 18% do total das empresas (5,8 milhões), empregando 19% da população (29,8 milhões de pessoas) e gerando quase um terço (29% ou 11,2 mil milhões de euros) do volume de negócios global.

O pódio dos sectores fica completo com a construção, que representou 12% (3,8 milhões) das empresas, embora apenas 6% (2,1 mil milhões de euros) da faturação e 13,7 milhões de pessoas empregadas (9%).

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