Greve na administração local e regional não está a afetar escolas

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A greve dos trabalhadores da Administração Local e Regional, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) para esta sexta-feira, parece não estar a causar muitas complicações no funcionamento das escolas.

Em Vila Nova de Gaia, o funcionamento parece estar a funcionar na íntegra e o movimento era de aparente normalidade. Na cidade do Porto, a Renascença encontrou apenas uma estabelecimento de ensino encerrado.

Não havia movimento na Escola Secundária Filipa de Vilhena, apenas um papel no portão de entrada onde se lia: “por motivo de greve dos trabalhadores da Administração Local e Regional, a escola não reúne as condições para o desenvolvimento das atividades letivas.”

Ao longo do dia de ontem, foram lançados comunicados pelas escolas de todos o país aos encarregados de educação com a possibilidade de constrangimentos no normal funcionamento das mesmas.

O STAL tinha entregado em 25 de junho um abaixo-assinado ao Governo, subscrito por 25 mil trabalhadores, com as principais propostas do sindicato.

Em causa estão o aumento do salário mínimo na administração pública e do subsídio de refeição, bem como o alargamento da abrangência do Suplemento de Penosidade e Insalubridade (SPI), medidas que contribuiriam para "valorizar os trabalhadores".

Relativamente ao SPI, o STAL defende o aumento da sua abrangência quer em relação aos trabalhadores que beneficiam dele, quer à sua aplicabilidade: "Ficou muito limitado. Ficou só para os trabalhadores da carreira de assistente operacional e, dentro desta carreira, para um conjunto limitado também de profissões.

Nós consideramos que é possível e necessário alargar o âmbito deste suplemento a outras carreiras e a mais profissões", defendeu Cristina Torres.

O sindicato pretende igualmente que este subsídio deixe de ser apenas de penosidade e insalubridade e passe também a ser de risco. Atualmente, o valor do SIP mais alto é de 4,99 euros (por dia) e o mais baixo de 3,36 euros, e é pedida uma "atualização destes valores com base na inflação".

Outra das reivindicações tem a ver com um incremento mínimo de 150 euros de todos os salários e o estabelecimento em 2025 de um salário mínimo, na administração pública, de 1.000 euros (atualmente, o valor é de 821,83 euros).

O aumento do subsídio de refeição dos atuais seis euros para os 10,50 é outra das reivindicações. Paralelamente à greve no setor marcada para a participação no protesto, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), que também está nesta manifestação, convocou para hoje uma greve de 24 horas por melhores condições de trabalho e de salário.

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