Greve na Cimpor alastra a outras empresas do grupo

6 meses atrás 94

Os trabalhadores do grupo querem ver os seus salários aumentados, mas também que as condições de trabalho sejam as mesmas para todos.

A greve na Cimpor Indústria “que se inicia na madrugada de terça-feira, 16 de abril e termina na madrugada de 19 de abril, vai também contar com a adesão dos trabalhadores da Ciarga Argamassas nos mesmos 3 dias e também da Cimpor – Serviços e da Sacopor no dia 18, todas empresas do mesmo Grupo empresarial”, refere nota da FEVICOM, o sindicato do sector, afeto à CGTP.

Aquela estrutura associativa refere ainda que estão a ser convocadas concentrações dos trabalhadores em greve para as 8h00 da manhã de todos os dias da greve, junto à entrada das fábricas (Maia, Souselas, Alhandra, Alenquer e Loulé).

“A administração fugiu à negociação e decidiu avançar unilateralmente com uma atualização de 4,5% nos salários e outras matérias pecuniárias, que fica muito aquém das reivindicações dos trabalhadores, para além de recusar negociar a redução do horário semanal de trabalho, melhorias nas carreiras profissionais e a aplicação do apoio na saúde a todos os trabalhadores, reformados e familiares”, refere ainda o comunicado.

A Cimpor, adquirida recentemente pela TCC, de Taiwan, integra o terceiro maior grupo cimenteiro mundial, “com condições económicas e financeiras bastantes para responder positivamente às propostas dos trabalhadores”, diz ainda a FEVICOM.

O caderno reivindicativo dos trabalhadores afetos àquele sindicato compreende a defesa da proposta sindical de revisão do Acordo de Empresa (salários e direitos) para o ano de 2024, onde constam salários e matérias de expressão pecuniária (8% de aumento, com um mínimo de 200 euros) e um período normal de trabalho: 37 horas semanais, a partir de 1 de janeiro de 2025.

Anuidades, assistência na doença, retribuição do trabalho por turnos, feriados no regime de laboração contínua, 15.º mês, regime de férias, apoio escolar a filhos dos trabalhadores, transportes e abonos para deslocações, alargamento da progressão de carreira de diversas categorias profissionais, criação de nova categoria profissional (Oficial de Conservação Elétrica e Eletrónica) e melhorias diversas no Serviço de Prevenção fazem também parte das preocupações dos trabalhadores.

Ler artigo completo