O Grupo Volkswagen e a Rivian acabaram de anunciar uma nova aliança estratégica que deverá ficar concluída até ao final deste ano.
O decréscimo da procura por automóveis elétricos tem vindo a acentuar-se nos principais mercados mundiais, mas isso não faz demover os construtores de automóveis.
Ainda assim, estão a ser criadas estratégias mais ponderadas e novas formas de continuar a investir nesta tecnologia, com o objetivo de minimizar riscos.
Uma das mais recentes é a joint venture (JV) entre o Grupo Volkswagen e a Rivian — igualmente controlada —, que foi anunciada no passado dia 25 de junho. No topo da lista de objetivos está acelerar o desenvolvimento de software, tanto para o grupo alemão como para a marca norte-americana.
© Rivian Oliver Blume, diretor-executivo Grupo Volkswagen e RJ Scaringe, fundador e diretor-executivo da Rivian.Desta forma, ambas as empresas esperam “combinar as suas forças complementares e reduzir o custo por veículo, aumentando a escala e acelerando a inovação a nível global.”
Tanto o design de hardware zonal comprovado da Rivian como a sua plataforma tecnológica integrada deverão servir como base de desenvolvimento do futuro SDV (Software Defined Vehicle) de ambas as empresas.
O construtor de automóveis elétricos norte-americano deverá ainda licenciar os seus direitos de propriedade intelectuais para esta nova aliança estratégica. Os veículos derivados desta parceria deverão começar a chegar ao mercado a partir de 2025.
“Através da nossa cooperação pretendemos criar as melhores soluções para os nossos veículos, de forma mais rápida e a um custo mais baixo.”
Oliver Blume, diretor-executivo do Grupo VolkswagenA curto prazo, espera-se que esta parceria também permita ao Grupo Volkswagen acelerar o desenvolvimento de novos SDV, através dos recursos facultados pela Rivian.
Que investimentos vão ser feitos?
Numa primeira instância, o Grupo Volkswagen planeia investir mil milhões de dólares (cerca de 935 milhões de euros) no fabricante norte-americano, sendo que o investimento final deverá rondar os 5 mil milhões de dólares (cerca de 4,7 mil milhões de euros).
Cada um dos construtores irá continuar a operar separadamente os seus respetivos negócios. Quanto a esta nova joint venture, espera-se que as negociações finais para a sua formação fiquem terminadas no último trimestre deste ano.