Guterres acompanha com "preocupação" situação no Senegal e insta ao diálogo

7 meses atrás 61

"O secretário-geral insta as partes (...) a absterem-se do uso da violência e a garantirem a realização de eleições presidenciais inclusivas e transparentes no âmbito da Constituição senegalesa", diz o comunicado divulgado pelo porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

António Guterres reafirmou ainda o compromisso das Nações Unidas em continuar a apoiar a consolidação da democracia e a promoção da paz, estabilidade e desenvolvimento no Senegal.

No sábado, o Presidente senegalês, Macky Sall, ordenou o adiamento para 15 de dezembro das eleições presidenciais previstas para 25 de fevereiro.

O adiamento foi anunciado 12 horas antes do início da campanha eleitoral, no culminar de uma batalha política sobre a legitimidade dos candidatos aceites pelo Conselho Constitucional senegalês - organismo responsável pela fiscalização das eleições - para concorrer ao escrutínio.

Um grupo de organizações da sociedade civil senegalesa apelou na quinta-feira à população para se "mobilizar em massa" contra o adiamento das eleições presidenciais, revelando que está a preparar várias ações, incluindo uma manifestação e uma greve geral.

As forças de segurança senegalesas dispersaram hoje com gás lacrimogéneo grupos de manifestantes em Dacar, num dia marcado por protestos que testam o equilíbrio de forças entre o Governo do Presidente, a sociedade civil e a oposição.

Esta mobilização é o primeiro grande protesto desde o adiamento das eleições presidenciais, inicialmente previstas para 25 de fevereiro, decisão que desencadeou uma grave crise política no Senegal e mergulhou o país num período de incerteza.

O decorrer do dia mostrará a força do protesto contra a decisão, sem precedentes desde a independência em 1960, de adiar as eleições presidenciais por 10 meses.

Ler artigo completo