IL duvida que presença de Von der Leyen em ação da AD seja "trunfo eleitoral"

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O candidato da Iniciativa Liberal às europeias duvida que a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na campanha da AD seja um "trunfo eleitoral" dado "não ter uma imagem particularmente positiva" junto dos portugueses.

"Eu não sei se é um trunfo eleitoral, com franqueza. Vocês que estão na comunicação social talvez tenham melhor perceção disso do que eu", afirmou João Cotrim de Figueiredo, depois de um jogo de voleibol na praia de Matosinhos, no distrito do Porto.

Naquele que é o quarto dia de campanha, e depois de se saber que Von der Leyen vai entrar numa iniciativa da AD a 6 de junho, o cabeça de lista da IL disse que a presidente da Comissão Europeia "não tem uma imagem particularmente positiva junto dos portugueses".

"Mas posso estar enganado e, portanto, nas estratégias dos outros não me meto", frisou.

Contudo, João Cotrim de Figueiredo assumiu que se tivesse no grupo liberal alguém com destaque nas instituições europeias e que achasse que poderia "simbolicamente fortalecer a campanha" faria o mesmo.

Na opinião do cabeça de lista da IL, Von der Leyen não tem "uma imagem muito positiva" porque, nesta altura, "o seu mérito e valor eleitoral é questionável".

"É uma pessoa que esteve envolvida numa série de questões ao longo deste seu mandato", ressalvou.

João Cotrim de Figueiredo assumiu não apoiar a recandidatura de Ursula von der Leyen, mas a decisão dependerá das alternativas.

"Não [apoio], mas no passado os liberais já não o fizeram e acabaram, depois, por dar o apoio porque era uma escolha entre uma opção Von der Leyen e uma pior que Von der Leyen, portanto, eu também não posso dizer que no fim das negociações, que vão ter lugar a seguir às eleições europeias, não se possa passar algo parecido", sublinhou.

Apesar das críticas à presidente da Comissão Europeia, João Cotrim de Figueiredo assumiu que a avaliação que faz do seu mandato "não é globalmente negativa".

Segundo o candidato liberal, o problema do seu mandato é que ela "é mais positiva nas situações de crise pandémica e guerras do que na gestão do dia-a-dia".

"Parece uma coisa boa, mas não é", considerou.

A presidente da Comissão Europeia e candidata do Partido Popular Europeu a um segundo mandato estará em Portugal a 06 de junho para uma ação de campanha da AD, avançou esta quinta-feira à Lusa fonte partidária europeia.

A visita surge após Ursula von der Leyen se ter deslocado em campanha a países como Grécia, Alemanha, Polónia, Croácia e Dinamarca.

Em Portugal, as eleições europeias realizam-se em 09 de junho e serão disputadas por 17 partidos e coligações: AD, PS, Chega, IL, BE, CDU, Livre, PAN, ADN, MAS, Ergue-te, Nova Direita, Volt Portugal, RIR, Nós Cidadãos, MPT e PTP. Serão eleitos 21 deputados.

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