Inapa: Nova Expressão e grupo de pequenos acionistas tentam impedir insolvência

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Foi pedida uma Assembleia Geral Extraordinária por parte da Nova Expressão, liderada por Pedro Baltazar. Acionista, que detém 10,85% do capital da distribuidora de papel, quer discutir empréstimo obrigacionista e operação harmónio, com o objetivo de salvar Inapa da insolvência.

A Nova Expressão, um dos maiores acionistas da Inapa e que detém 10,85% do capital, vai tentar impedir a insolvência da distribuidora de papel portuguesa. A Nova Expressão apresentou um pedido de convocatória para uma Assembleia-Geral Extraordinária esta segunda-feira, de acordo com o jornal “Eco”.

Segundo o “Jornal de Negócios”, um grupo de mais de 75 pequenos acionistas da Inapa, que reúne 7,5% do capital da empresa, veio contestar a falta de financiamento proposto pelo conselho de administração da cotada portuguesa, admitindo recorrer aos tribunais para impedir a insolvência.

De recordar que o Jornal Económico avançou, em exclusivo, que a Inapa não ia entregar o pedido de insolvência na passada sexta-feira, isto depois dos japoneses da Japan Paper & Pulpe admitirem interesse na distribuidora de papel.

Apurou o jornal “Eco” que entre as propostas em cima da mesa está uma operação harmónio, que inclui um aumento de capital até 30 milhões de euros e a emissão de um empréstimo obrigacionista. Objetivo é reforçar a estrutura financeira da empresa e apoiar planos de crescimento.

Na semana passada, a Inapa anunciou a insolvência da sua unidade alemã após falha de financiamento junto do Estado português em 12 milhões de euros. “Em virtude de uma carência de tesouraria de curto prazo da sua subsidiária Inapa Deutschland, GmbH em montante de 12 milhões de euros (…) a Inapa Deutschland irá apresentar-se à insolvência no dia 22 de julho”, anunciou a empresa, em comunicado na altura, sendo que já estaria em análise um pedido para a injeção de 15 milhões.

O Ministério das Finanças, que tutela a Parpública, acionista da Inapa com 44,89%, disse que a proposta da empresa sobre uma injeção de 12 milhões de euros “não reunia condições sólidas, nem demonstrava a viabilidade económica e financeira que garantisse o ressarcimento do Estado”. Neste sentido, o conselho de administração da Inapa comunicou à CMVM a renúncia de todos os seus membros, uma decisão que de acordo com este órgão, “surge após repetidas tentativas infrutíferas por parte da Inapa de obter o apoio do seu principal acionista, a Parpública, para diversas soluções alternativas de reforço de capital, apesar do apoio de outros stakeholders”.

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