A Confederação de Turismo de Portugal disse também que a questão dos ventos que afetam o Aeroporto da Madeira precisa de ser resolvida.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, alertou durante a sessão de abertura do Congresso Nacional da Associação da Hotelaria de Portugal (AHP), que se realiza na Madeira, que as incertezas no sector do turismo aumentaram ao nível internacional e nacional e que o Aeroporto de Lisboa é um drama. Mostrou-se ainda apreensivo com a questão dos ventos que afetam o Aeroporto da Madeira e precisa de ser resolvida.
Na área internacional, Francisco Calheiros apontou, como problemas, os conflitos entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e o Hamas e, no campo nacional, as crises políticas que se instalaram no país. “O Governo de maioria absoluta não chegou a cumprir metade do mandato”, disse o presidente da CTP.
Mesmo perante esta incerteza, Francisco Calheiros disse que os empresários do turismo “não vão baixar os preços e vão continuar a luta pelo crescimento do turismo e de Portugal”.
Francisco Calheiros destacou também os “resultados extraordinários” do turismo, em 2023, e perspetivando 2024, disse que comprava já os resultados atingidos em 2023. “Se 2024 for como 2023 será um ótimo resultado”, disse o presidente da CTP.
Em período de campanha eleitoral, Francisco Calheiros disse que a CTP promoveu encontros com aqueles que podem vir a governar. Ou seja, com Pedro Nuno Santos, do lado do PS, e com Luís Montenegro, que lidera a AD.
Aeroporto de Lisboa é um drama
No diálogo com os candidatos às legislativas de 10 de março, foram abordadas várias questões. Uma dela foi a do Aeroporto de Lisboa, que Francisco Calheiros considera “um drama”. Da conversa com os líderes das principais forças políticas, saiu com boas sensações visto que “ambos disseram que a primeira medida do Governo seria a decisão do aeroporto. Ainda tentei perguntar qual, mas não obtive resposta”, confessou.
Falou-se ainda do acordo de rendimento e competitividade, da TAP e do governance do turismo. “Ambos vão dar maior importância a turismo. Tentei averiguar o que isso queria dizer”. Tal como no tema relacionado com a nova solução aeroportuária de Lisboa, também “aí não obtive resposta”, referiu Francisco Calheiros.