Inferno para os de Branco

6 meses atrás 59

Continua a malapata do Vitória diante do Casa Pia. Os Gansos venceram em Guimarães por 2-0, e respiram melhor na tabela classificativa, fugindo já cinco pontos à frente do lugar de playoff de manutenção. Clayton e Pablo Roberto assistiram um para o outro e foram as figuras de uma partida resolvida na primeira parte. O Vitória pareceu uma sombra de si mesmo, com muita permeabilidade defensiva e pouca sagacidade no ataque.

A equipa vitoriana até jogou grande parte do jogo em meio-campo ofensivo, mas esbarrou sempre num muro preto encabeçado por Ricardo Batista. Gonçalo Santos consegue duas vitórias em dois jogos, e os comandados de Álvaro Pacheco perdeu a oportunidade de colocar pressão no Braga, no quarto-lugar. 

Marcar, compactar e voltar a marcar

O jogo começou e o Casa Pia marcou. Corriam apenas três minutos de jogo, quando os Gansos contra-atacaram pela esquerda, com Lelo em condução, que deixou para Pablo Roberto e este assistiu Clayton para o primeiro. A defesa vitoriana, descordenada, pareceu demorar a entrar na partida...

Pablo Roberto fez magia @Catarina Morais / Kapta +

Com o golo, os casapianos agruparam e compactaram o seu bloco, deixando a iniciativa para os vitorianos, que se expuseram e correram riscos para chegar ao empate. O Vitória organizou-se em apenas metade do meio-campo ofensivo, com os centrais muito acima da linha do meio campo e os alas a darem largura total à equipa. Sempre em organização ofensiva, os da casa não criavam grandes oportunidades (exceptuando um cabeceando de André Silva), mas a presença nas zonas de perigo era inequívoca.

Por outro lado, mesmo estando mais retraído, era o Casa Pia quem usufruiu das melhores oportunidades. Clayton, em apoio, foi um verdadeiro pivô e ajudou a lançar contra-ataques, perante um Vitória tão permeável e alta no terreno. A ambição de contra-atacar dos forasteiros, o golo chegou mesmo. Desta feita, inverteram-se os papeis: Pablo Roberto serviu em apoio e tabelou com Clayton, que o lançou na velocidade e depois, foi magia. Pablo sentou duas vezes Charles e finalizou com frieza um dos golos da temporada. Tudo corria mal aos vimaranenses. 

Já perto do final, Tchamba encarnou Diego Armamando Maradona. Arrancou atrás do meio-campo, deixou três adversários para trás e picou a bola a Charles, mas a bola bateu no poste e evitou hecatombe ainda maior dos Conquistadores ao meridiano da partida.

Procura-se eficácia

Do intervalo vieram André André, João Mendes e ambições revigoradas dos vitorianos. Largando o 3-5-2, o Vitória surgiu num 4-3-3, com Jorge Fernandes e Nuno Santos a não voltarem dos balneários. A equipa assumiu novamente uma posição mais ofensiva e tentou reagir desde cedo. 

A superioridade vitoriana era patente, mas a reação através de um golo teimava em não aparecer. Bruno Gaspar desperdiçou na cara de Ricardo Batista que, minutos depois, respondeu a grande altura a uma bomba de Tiago Silva. João Mendes cabeceou à figura e Nelson Oliveira ao lado, para desespero dos adeptos da casa. 

O Casa Pia continuou retraído no 5-4-1, mas já sem poder de fogo para aventuras nas transições, apesar de todas as substituições terem sido no meio campo ofensivo. O Vitória continuou a insistir e Kaio Cesar, com uma entrada irreverente, colocou a defesa em sentido. Primeiro, com um remate de fora da área ao lado, depois esbarrou novamente em Ricardo Batista. 

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