Inquérito aos incidentes da AG do FC Porto resulta em três processos disciplinares

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Já são conhecidos os primeiros resultados resultantes do inquérito instaurado na sequência dos incidentes na Assembleia Geral do FC Porto: três processos disciplinares a serem aplicados aos sócios envolvidos.

Quem o garante é Jorge Guimarães, presidente do Conselho Fiscal e disciplinar dos dragões, em palavras dirigidas à Agência Lusa: «Os inquéritos prévios acabaram e já foram instaurados processos disciplinares. São três, à partida. Neste momento, estão a correr os prazos. Está tudo dentro das conformidades. A tramitação subsequente segue normalmente e penso que em 10 ou 15 dias ficará tudo encerrado.»

«Não houve nenhuma queixa [particular] que tivesse chegado ao conhecimento do Conselho Fiscal e, supostamente, da direção, que, se fosse caso disso, com certeza me teria transmitido. Não houve nenhuma participação policial nem terá havido entradas nos hospitais de quaisquer pessoas que, eventualmente, tenham sido alvo de agressão ou se tivessem sentido mal, pondo como causa próxima disso o que se passou na AG», acrescentou.

O dirigente azul e branco garantiu ainda que a direção do clube está a par da condução de um processo, que foi devidamente detalhado quanto ao apuramento dos factos.

«A direção sabe o que se está a passar e sabe que os processos foram instaurados após um inquérito rigoroso. Já visualizámos as câmaras de vigilância e o suporte de vídeo do pavilhão. Há vários vídeos que circularam abundantemente nas redes sociais e a própria imprensa escrita tratou de publicar alguns deles. Foi com base nisso que se encerrou o inquérito prévio e que se instauraram as ações disciplinares», disse ainda.

Com o dossiê aberto nos 30 dias seguintes aos acontecimentos - tal como prevê os estatutos do FC Porto -, o conselho fiscal e disciplinar dos dragões informou os associados em causa, que têm agora a oportunidade de defesa numa eventual audiência prévia.

Entre a advertência, repreensão, suspensão, ou expulsão de sócio, um destes quatro cenários será o desfecho previsto nas penas a aplicar pelo referido organismo do emblema da Invicta.

«A primeira entidade à qual transmitirei isso é a própria direção. Agora, não posso estar a transmitir por antecipação situações que nem a direção conhece muito bem neste momento. Aliás, também nunca me interpelou sobre o assunto, caso contrário eu tinha divulgado o ponto de situação», concluiu.

Recorde-se que, logo após a suspensão da reunião por parte do presidente da Mesa da Assembleia Geral - José Lourenço Pinto -, o evento foi reagendado para o dia 20 de novembro, mas tal não viria a ser realizado, depois da retirada da proposta de mudança de estatutos, por intermédio do Conselho Superior do emblema azul e branco.

Um incidente que, de resto, mereceu pronto repúdio por parte do FC Porto. 

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