Instituições. Grupos armados e autoridades chegam a acordo em Tripoli

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"Em coordenação com o Ministério da Defesa, reunimos todos os serviços de segurança em Tripoli e chegámos a um acordo para a segurança dos aeroportos e das fronteiras terrestres, bem como das sedes governamentais [instituições] na capital", sublinhou este membro do Governo de Unidade Nacional (GNU), com sede em Tripoli.

Mergulhada no caos depois do afastamento e morte do ditador Mouammar Kadhafi em 2011, a Líbia é governada por dois executivos rivais: o GNU, de Abdelhamid Dbeibah, radicado no oeste do país e reconhecido pelas Nações Unidas, e o outro, no este, apoiado pelo marechal Khalifa Haftar.

Segundo Trabelsi, todos os grupos armados e organizações de segurança "expressaram a sua disponibilidade imediata" para implementar o acordo.

"No prazo de 24 horas, vamos proteger todos os edifícios governamentais, incluindo o do Banco Central da Líbia (BCL)", garantiu Trabelsi.

A missão política da ONU na Líbia (Manul) tinha manifestado na quinta-feira "grande preocupação" com relatórios que apontavam para "mobilizações armadas em Tripoli e ameaças de uso da força para resolver a crise em torno do BCL".

A Manul instou, na altura, à "diminuição imediata da escalada, contenção e diálogo".

O governador do BCL, Seddik el-Kebir, em funções desde 2012, é criticado em particular por aqueles que rodeiam o primeiro-ministro Dbeibah pela sua gestão do Orçamento do Estado, alimentado pelas receitas petrolíferas deste país rico em hidrocarbonetos.

A Embaixada dos Estados Unidos na Líbia também mencionou a crise em torno do BCL na quinta-feira à noite, alertando que tentar resolvê-la pela força "teria graves consequências para a integridade desta instituição vital e um impacto potencialmente grave na posição da Líbia no sistema financeiro internacional".

Há quase duas semanas, várias dezenas de pessoas, incluindo alguns exércitos, reuniram-se em frente à sede do BCL com a intenção de destituir o governador antes de serem dispersados.

No passado domingo, o diretor do departamento dos serviços informáticos do BCL foi brevemente sequestrado por um grupo não identificado e as atividades do banco foram temporariamente suspensas.

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