Investidores portugueses já detêm 7,5% da mineira britânica Savannah

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Cotada na bolsa de Londres, a empresa britânica de exploração mineira Savannah Resources - dona do projeto da mina de lítio do barroso, em Boticas -, anunciou esta quarta-feira que nos últimos meses tem registado um crescimento de acionistas portugueses na sua base de investidores, detendo estes já 7,5% do capital da empresa. 

Em 2023, esta percentagem era inferior a 1%, sublinha a Savannah, em comunicado. "Os novos acionistas incluem pessoas de todo o país, com preponderância para o norte e participação crescente de investidores de retalho de Boticas e das aldeias da região do Barroso. Portugal caminha para ser, ao dia de hoje, um dos países mais representados na estrutura de capital da Savannah", referiu a empresa no mesmo comunicado.

A contribuir para este cenário está o facto de serem já diversas as instituições bancárias portuguesas e também as plataformas de trading de retalho que permitem a negociação de ações a partir de Portugal, apesar desta estar cotada na bolsa de Londres.

Além de Portugal, outros países representados no capital da empresa em percentagens significativas incluem o Reino Unido, a Austrália, Omã e países nórdicos.

"Temos trabalhado nos últimos meses para tornar a Savannah mais portuguesa, e para explicar melhor os méritos e a oportunidade que o Projeto de Lítio do Barroso representa. É gratificante ver a resposta até à data dos investidores portugueses", disse o CEO da Savannah, Emanuel Proença.

Com início da produção previsto para 2026, o projeto de construção da mina de lítio do Barroso prevê a criação de 300 empregos diretos e entre 1.000 e 2.000 empregos indiretos na região. Neste momento, a equipa da Savannah conta com perto de duas dezenas de colaboradores na região de Boticas. 

Depois da Licença Ambiental concedida em maio de 2023 e do Estudo de Definição do Âmbito ter confirmado o potencial económico do projeto em junho de 2023, o início da produção está agora previsto para 2026. Nessa fase, a Savannah vai começar a produzir lítio suficiente para cerca de meio milhão de baterias de veículos por ano, suficiente para produzir o equivalente a mais de três vezes as compras de veículos em Portugal todos os anos, refere a mineira.

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