"Irão cometeu um erro grave esta noite e vai pagar o preço", diz Netanyahu

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Irão ataca Israel

01 out, 2024 - 22:58 • Lusa

Israel solicitou esta noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse esta terça-feira à noite que o Irão "cometeu um erro grave" ao atacar o seu país e que "pagará o preço", estando Israel determinado em responsabilizar os seus inimigos.

"O regime iraniano não compreende a nossa determinação em nos defender e responsabilizar os nossos inimigos", frisou o governante, num discurso em vídeo.

"Há pessoas em Teerão que não compreendem isto. Vão compreender. Vamos cingir-nos ao que estabelecemos: quem quer que nos ataque, nós atacamos", garantiu Netanyahu.

Já o ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, sublinhou na rede social X que "o Irão não aprendeu a lição". "Quem ataca o Estado de Israel paga um preço elevado", frisou.

Irão dispara centenas de mísseis sobre Israel

Israel solicitou esta noite uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, na sequência do ataque iraniano, com o seu embaixador no organismo, Danny Danon, a prometer responder ao ataque do Irão.

"O Irão vai sentir as consequências dos seus atos e vai ser doloroso", observou, depois de sublinhar que o Irão "mostrou ao mundo a sua verdadeira face: a de um Estado terrorista".

Estão em curso intensas consultas no Conselho de Segurança para convocar uma reunião de emergência que o Irão também solicitou no sábado, após a vaga de ataques israelitas contra o sul do Líbano, mas a reunião não se realizou, noticiou a agência Efe.

Danon pretende que tal reunião do Conselho termine "com uma condenação clara e inequívoca do Irão", enquanto por outro lado criticou o secretário-geral, António Guterres, pela sua reação dececionante pouco depois de tomar conhecimento do ataque iraniano contra Israel.

EUA dispararam contra mísseis do Irão e prometem "consequências graves"

"Na sua declaração, basicamente ignorou o agressor e apenas falou da escalada", quando recordou que neste caso um Estado-membro atacou outro Estado-membro com mísseis balísticos, o que não foi explicitamente condenado por Guterres.

O Irão lançou cerca de 200 mísseis contra Israel, em retaliação pelos assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, do chefe do Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general iraniano.

Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), a maioria dos mísseis foi intercetada com o apoio dos Estados Unidos, que já garantiu que vai coordenar com os israelitas a resposta a Teerão.

"Os Estados Unidos apoiam Israel totalmente, totalmente, totalmente", frisou o Presidente Joe Biden aos jornalistas, acrescentando que as discussões com Israel estavam "em curso", sobre como responder aos iranianos.

O ataque do Irão acontece numa altura em que o Médio Oriente se encontra mergulhado numa situação explosiva e os apelos a um cessar-fogo no Líbano e em Gaza continuam sem resultados.

Um porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, referiu que o Irão disparou "aproximadamente o dobro dos mísseis" face ao seu ataque anterior contra Israel, em abril.

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