Israel prossegue ataques em Gaza e ordena retirada da população de cidade libanesa

2 horas atrás 21

Karamallah Daher - Reuters

A leste da cidade de Gaza, um ataque de um drone israelita matou três pessoas num comício, segundo o Crescente Vermelho Palestiniano. Outra incursão de Telavive matou um homem no campo de refugiados de Nousseirat. Os militares israelitas emitiram esta segunda-feira uma ordem de evacuação para a população para grandes áreas da cidade costeira de Tiro.

No norte da Faixa de Gaza, no domingo, testemunhas relataram ataques, particularmente em Jabalya, onde o exército israelita tem conduzido uma devastadora ofensiva terrestre e aérea desde 6 de outubro para impedir o Hamas de reagrupar as suas forças, de acordo com o exército.

De acordo com a Defesa Civil de Gaza, um ataque israelita, no domingo, contra uma escola convertida em abrigo para pessoas deslocadas de Jabalya matou nove palestinianos perto da cidade de Gaza.

O ataque do movimento islamita palestiniano de 7 de outubro de 2023 causou as mortes de 1.206 pessoas, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelitas, incluindo reféns mortos ou que morreram em cativeiro. Das 251 pessoas raptadas, 97 continuam reféns em Gaza, 34 das quais foram declaradas mortas pelo exército.

De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 42.847 palestinianos, na sua maioria civis, foram mortos na ofensiva israelita, dados considerados fiáveis pela ONU.
Israel dá ordem de retirada da cidade de Tiro
Os militares israelitas emitiram esta segunda-feira uma ordem de retirada para grandes áreas da cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano, incluindo áreas que já tinham sido evacuadas e outras novas, até à zona de um hotel onde os jornalistas costumam estar hospedados. Esta segunda-feira, três pessoas morreram em ataques israelitas contra a localidade.

Domingo, pelo menos 21 pessoas morreram em ataques às cidades libanesas de Haret Saïda, Aïn Baal e Bourj al-Chemali.

No Líbano, o Hezbollah, em apoio ao Hamas, abriu uma frente contra Israel a 8 de outubro de 2023. Após um ano de trocas de tiros transfronteiriças e depois de ter enfraquecido o Hamas, o exército israelita concentrou as suas operações no Líbano, efetuando intensos ataques aéreos a partir de 23 de setembro, principalmente contra os bastiões do Hezbollah.No norte de Israel, as sirenes de alerta soaram várias vezes na manhã de segunda-feira, mas não houve notícias imediatas de quaisquer vítimas.

Desde 30 de setembro, o exército israelita conduz também uma ofensiva terrestre no sul do Líbano, onde afirma ter perdido 37 soldados nos combates contra o Hezbollah.

O movimento libanês continua a lançar drones e rockets contra Israel.

Israel quer neutralizar o Hezbollah para pôr termo ao lançamento de foguetes e permitir que dezenas de milhares de pessoas deslocadas regressem a casa.

Pelo menos 1.620 pessoas foram mortas desde 23 de setembro no Líbano, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais.
Presidente egípcio propõe trégua para libertar reféns

O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, propôs no domingo uma trégua de dois dias na Faixa de Gaza para libertar os reféns detidos no território palestiniano, onde a guerra entre o Hamas e o exército israelita dura há mais de um ano.

Al-Sissi, cujo país é um dos mediadores entre o Hamas e Israel, propôs no Cairo “um cessar-fogo de dois dias durante o qual quatro reféns seriam trocados por prisioneiros” detidos por Israel, que assinalou o primeiro aniversário hebraico do ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 que desencadeou a guerra em Gaza.
O presidente egípcio acrescentou que esta era uma condição prévia para iniciar negociações “dentro de dez dias” com vista a um “cessar-fogo total e à entrada de ajuda humanitária” no território palestiniano sitiado, que se encontra numa situação de catástrofe humanitária.

O presidente egípcio não revelou se tinha apresentado o seu plano ao Hamas e a Israel, cujo exército efetuou ataques no Irão no sábado e prossegue os bombardeamentos em Gaza contra o Hamas e no Líbano contra o Hezbollah, dois movimentos islamitas apoiados por Teerão.

c/ agências

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