Kremlin recusa negociar por causa de incursão ucraniana em Kursk

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"Nesta fase, em face desta aventura, não vamos discutir. (...) Neste momento, seria completamente inapropriado iniciar um processo de negociação", disse o conselheiro diplomático do Presidente Vladimir Putin, Yuri Ushakov, em declarações ao meio de comunicação social russo Shot.

Mykhailo Podoliak, conselheiro do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tinha dito na sexta-feira que um dos objetivos da ofensiva na região de Kursk era forçar Moscovo a negociações "justas".

Embora tenha reiterado que Kiev não pretendia ocupar parte do território russo, também observou que, no caso de potenciais negociações, seria necessário encontrar uma forma de colocar a Rússia "do outro lado da mesa".

Hoje, Zelensky insistiu na ideia de que um dos objetivos da incursão ucraniana em Kursk é criar uma zona tampão no território do país agressor.

"Neste momento, a principal tarefa das nossas ações defensivas é destruir o máximo possível do potencial russo, do seu potencial de guerra, e maximizar os nossos contra-ataques", explicou Zelensky no seu mais recente discurso noturno.

"Isto inclui a criação de uma zona tampão no território do agressor -- a nossa operação na região de Kursk", reconheceu Zelensky.

O líder ucraniano argumentou que tudo o que inflige danos ao Exército, ao Estado, à defesa ou à economia da Federação Russa ajuda a Ucrânia a impedir a propagação da guerra e a pôr-lhe fim com "uma paz justa para a Ucrânia".

No entanto, as negociações entre as duas partes estão completamente bloqueadas desde a primavera de 2022, com Moscovo a insistir na exigência de que a Ucrânia aceite a anexação de parte do seu território.

Volodymyr Zelensky disse querer desenvolver até novembro - data das eleições presidenciais nos Estados Unidos - um plano que sirva de base para uma futura cimeira de paz para a qual o Kremlin deve ser convidado.

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