Libertação de reféns. Netanyahu rejeita condições do Hamas

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"Quanto aos nossos reféns, até ao dia de hoje, trouxemos para casa 110 dos nossos reféns e estamos empenhados em recuperar todos. É um dos nossos objetivos de guerra e a pressão militar é uma condição necessária para a alcançarmos. Estou a trabalhar nisto incessantemente", afirmou Benjamim Netanyahu este domingo.

O primeiro-ministro israelita afirma ainda que deve ficar bem claro que rejeita "veementemente os termos de capitulação dos monstros do Hamas. O Hamas exige em troca da libertação dos nossos reféns, o fim da guerra a retirada das nossas forças de Gaza, e a libertação de assassinos e violadores de Nukhba, e a permanência do Hamas".

"Se aceitássemos isto, os nossos soldados teriam tombado em vão. Se aceitássemos isto, não poderíamos garantir a segurança dos nossos cidadãos. Não poderíamos devolver às suas casas em segurança as pessoas deslocadas e o próximo 7 de outubro seria apenas uma questão de tempo", esclareceu.

O primeiro-ministro israelita frisou ainda que rejeita “liminarmente as condições de rendição do Hamas”.

Na declaração, Benjamim Netanyahu repetiu que insistirá no “controlo total da segurança israelita sobre todo o território a oeste da Jordânia”. E afirmou ter resistido firmemente às “pressões internacionais e internas” para alterar esta posição.

A minha insistência foi o que impediu durante anos o estabelecimento de um Estado palestiniano que teria representado um perigo existencial para Israel”, rematou.

Pouco depois de ser conhecida a decisão de Netanyahu e numa altura em que os aviões israelitas retomavam os bombardeamentos em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, um responsável do Hamas afirmou à Reuters que a recusa de Benjamin Netanyahu em colocar um ponto final no conflito “significa que não há possibilidade de libertar os reféns israelitas que permanecem cativos”.

Em novembro, no âmbito de um acordo mediado pelos Estados Unidos, Catar e Egito, mais de 100 dos cerca de 240 reféns levados para Gaza durante um ataque do Hamas a 7 de outubro foram libertados em troca da liberdade de 240 palestinianos que estavam detidos nas prisões israelitas.

Desde então Netanyahu tem enfrentado uma pressão crescente para a libertação dos 136 reféns que permanecem em cativeiro.

O Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos exigiu, em comunicado, que Netanyahu "afirmasse claramente que não abandonará civis, soldados e outros raptados no desastre de outubro".

"Temos de avançar com o acordo agora", afirmou o familiar de um dos reféns. "Se o primeiro-ministro decidir sacrificar os reféns, deve mostrar liderança e partilhar honestamente a sua posição com o público israelita”

Os familiares dos reféns, num protesto em frente à residência de Netanyahu, exigiram ação.

c/agências internacionais

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