Liga diz que plano de centralização decorre bem e não só depressa

1 semana atrás 36

Em 25 de fevereiro de 2021, o Governo liderado por António Costa aprovou, em Conselho de Ministros, um decreto-lei que determina a comercialização centralizada dos direitos televisivos dos jogos da I Liga e II Liga, a partir de 2028/29, mediante um modelo a apresentar à Autoridade da Concorrência (AdC), por LPFP e Federação Portuguesa de Futebol (FPF), até final da época desportiva de 2025/26.

"E estamos exatamente no ponto em que pensávamos que íamos estar. A partir de agora, como também disse, ainda faltam dois anos até apresentar à AdC e portanto vamos fazê-lo cumprindo os prazos com rigor, com muito rigor, para fazer bem e não só depressa", afirmou Rui Caeiro.

O diretor executivo da LPFP elencou os passos dados, com a criação da empresa Liga Centralização, em setembro de 2021, e explicou o ritmo, com a necessidade de serem criados documentos "estruturantes", casos do regulamento de controlo económico, já finalizado, o regulamento de audiovisual e o de comercialização dos direitos, ambos em fase de conclusão.

"Há umas pessoas que acham que estamos a ir depressa demais, outras que estamos a ir devagar. Possivelmente é porque estamos a ir à velocidade que temos que ir, cumprindo aquilo que são os objetivos a cumprir de forma rigorosa aquilo que é o cronograma que definimos. Não vamos andar nem mais depressa, nem mais devagar daquilo que é o que está planeado e acordado e que, de alguma forma, o decreto-lei, que embora, como disse há pouco, venha já com alguns anos de atraso, impôs em 2021 e no qual temos trabalhado", detalhou.

Rui Caeiro recordou que Portugal é, a par do Chipre, dos poucos países europeus sem que os direitos audiovisuais das competições profissionais estejam centralizados.

"Foi traçado já há muitos anos, nomeadamente pelo presidente Pedro Proença, em 2015, quando disse que o tema da centralização era um tema fundamental para o crescimento do futebol português. Bateu-se por essa realidade. Essa realidade é materializada num decreto-lei em 2021 e agora cumpre-nos fazê-la executar. É isso que estamos a fazer e, volto a dizer, deixando também esta tranquilidade, com o empenho dos nossos associados, com a certeza que a centralização é um garante de sustentabilidade e crescimento do futebol português", sublinhou.

E a sustentabilidade deste projeto assenta nas suas "bases", nos já referidos regulamentos, antes mesmo de serem definidos os modelos de distribuição das receitas.

"Estamos a trabalhar nessas matérias, possivelmente menos interessantes do ponto de vista público, para estar agora a discutir, mas que são fundamentais para que haja esta base e, depois, se consigam construir as outras partes. Possivelmente, aí mais visíveis da distribuição das verbas, mas com essa lacuna não seriam possíveis. É isso que estamos a fazer até agora", referiu.

Sem querer lamentar o atraso na aplicação deste processo relativamente a outros países europeus, cujas razões atribuiu a "circunstâncias históricas diversas", Rui Caeiro preferiu "olhar para a frente".

"As nossas metas são fazer um processo de centralização correto, cumprindo todos os passos necessários, fazer um bom processo de centralização, porque, acima de tudo, o que acreditamos é que o futebol profissional português vai sair valorizado, o nosso produto televisivo vai sair valorizado, cumprindo os passos que outros já deram e que nós estamos neste momento a querer dar", rematou.

Ler artigo completo