Livre/Congresso: Cabeça-de-lista pelo Porto garante que partido será “força de bloqueio” à extrema-direita

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O cabeça-de-lista do Livre pelo Porto, Jorge Pinto, garantiu que o partido será uma “força de bloqueio” à extrema-direita, mensagem acompanhada pelo ‘número um’ por Setúbal, Paulo Muacho, que lembrou que “a extrema-direita não é inevitável”.

Estas posições foram deixadas por estes dois candidatos às legislativas antecipadas de março, no XIII Congresso do Livre, que termina hoje no Porto.

“Ao contrário do que ouvi de alguns camaradas aqui eu tenho medo, porque sei que a extrema-direita insulta, agride e mata. Mas esse medo não nos fará dar um passo atrás. Seremos uma força de bloqueio à extrema-direita. Nem um passo atrás em tudo o que conquistámos, no que iremos conquistar”, defendeu Jorge Pinto, cabeça-de-lista pelo Porto.

O dirigente mostrou-se convicto de que será eleito deputado em março, garantindo que o Livre “será a grande surpresa do dia 10 de março”.

Jorge Pinto defendeu que “a verdadeira e real liberdade” é ter acesso a um Serviço Nacional de Saúde gratuito ou uma “educação pública que sirva de trampolim social”.

“Não nos digam que ser livre é pagar menos impostos, porque nós sabemos bem que só podemos ser livres se os nossos irmãos forem livres. A liberdade fora da comunidade não tem sentido absolutamente nenhum”, considerou.

O cabeça-de-lista por Setúbal, Paulo Muacho, assegurou que “a extrema-direita não é inevitável”.

“Nós já os derrotámos antes, já os derrotámos milhares de vezes e vamos continuar a derrotar, uma e outra vez, as vezes que forem preciso. Camaradas, os fascistas não passarão. Todos os que querem combater a extrema-direita têm em nós o melhor voto”, garantiu, num discurso em que chegou a citar Odete Santos, a histórica deputada comunista que morreu em dezembro.

A ‘número dois’ por Lisboa, Isabel Mendes Lopes, afirmou que o partido não quer “uma simples geringonça”.

“Queremos um sistema que funcione, que toda a gente perceba como funciona, e que defina um futuro para o país”, afirmou, com dirigentes do PS, BE, PCP, PEV ou o PAN a ouvi-la na plateia.

A também deputada municipal também deixou alguns avisos “a todos os democratas”, com PSD e IL no auditório, exceto o Chega, que não foi convidado.

“Nenhum democrata pode dar a mão a quem mina a democracia por dentro, a quem mina as instituições”, alertou.

Mendes Lopes lembrou conquistas do partido na Assembleia da República nos últimos dois anos, como a criação de um Passe Ferroviário Nacional de 49 euros, o projeto-piloto da semana de trabalho de quatro dias ou o subsídio de desemprego para vítimas de violência doméstica.

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