Lloyds Bank diz que não violou sanções ao Irão e que não tem ligações com a petrolífera iraniana

7 meses atrás 78

“Acreditamos que cumprimos todas as obrigações legais e regulamentares e, com base na nossa própria investigação, não acreditamos que tenhamos violado quaisquer requisitos de sanções”, refere fonte oficial do Llodys Banking Group ao Jornal Económico questionado sobre a notícia do Financial Times de que o Irão utilizou dois dos maiores bancos no Reino Unido, o Lloyds e o Santander, para movimentar discretamente dinheiro em todo o mundo, contornando as sanções dos Estados Unidos.

“Acreditamos que cumprimos todas as obrigações legais e regulamentares e, com base na nossa própria investigação, não acreditamos que tenhamos violado quaisquer requisitos de sanções”, refere fonte oficial do Llodys Banking Group ao Jornal Económico questionado sobre a notícia do Financial Times de que o Irão utilizou dois dos maiores bancos no Reino Unido, o Lloyds e o Santander, para movimentar discretamente dinheiro em todo o mundo, contornando as sanções dos Estados Unidos.

Segundo o Financial Times, os dois bancos abriram contas a empresas britânicas que, na realidade, eram controladas por uma empresa petroquímica iraniana sancionada pelos Estados Unidos, a Petrochemical Commercial Company (PCC), controlada pelo Estado iraniano.

O banco inglês, que até junho de 2021 teve o banqueiro português António Horta Osório como presidente executivo, rejeita assim que o banco tenha violado sanções, tal como o Santander já tinha rejeitado.

Fonte ligada ao banco britânico garantiu que “o cliente do Lloyds não está sujeito a sanções no Reino Unido ou nos EUA” e  acrescentou que “não fazemos operações bancárias com a PCC (UK), que não está sujeita a sanções no Reino Unido”.

O Jornal Económico sabe ainda que as contas em causa foram abertas após a saída de António Horta Osório da liderança do banco.

Contactado, António Horta Osório não comentou.

As ações do Lloyds caíram 1,34%.

Já o Banco Santander viu as ações caírem 5% e defendeu-se da alegada ligação de uma conta da sua filial britânica ao regime iraniano e dizendo que o banco “cumpre as suas obrigações legais e regulamentares”.

Citado pelo “’El Economista”, o banco liderado por Ana Botín, diz que presta “muita atenção ao cumprimento regulatório em relação às sanções impostas a terceiros”.

Fontes financeiras disseram ao elEconomista.es que, se as empresas utilizadas e os seus proprietários não constarem de nenhuma lista de sanções, como parece ter sido o caso, as entidades não dispõem de meios suficientes para as identificar, o que torna a sua detecção “praticamente impossível”. Para além disso, os responsáveis salientam que as organizações e os países sancionados tendem a tecer redes de empresas-fantasma precisamente para evitar este tipo de medidas.

Ler artigo completo