CEO da siderúrgica, Aditya Mittal, disse esta quinta-feira, 8 de fevereiro, que o ano foi desafiador mas a rentabilidade/tonelada é saudável e que a empresa realizou nos últimos anos melhorias estruturais ao nível dos custos, carteira de ativos e balanço. Na Bolsa de Madrid, o papel até subiu.
O gigante de empresas de aço ArcelorMittal reportou esta quinta-feira, à Comissão Nacional de Valores Mobiliários de Espanha, um lucro líquido atribuível de 919 milhões de dólares, em 2023, o equivalente a 852,17 milhões de euros, o que representa uma queda de 90,12% face ao ano anterior.
ArcelorMittal, o maior grupo siderúrgico do mundo, com sede no Luxemburgo, é cotado na Empresas Amesterdão e na Bolsa de Madrid.
Segundo o reportado ao regulador, as vendas encolheram 14,5%, passando de 79.844 milhões de dólares (74.096 milhões de euros), em 2022, para 68.275 milhões de dólares (63.360 milhões de euros), em 2023. Já o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) caiu 46,6%, para 7.558 milhões de dólares, o equivalente a 7.008,8 milhões de euros.
A performance de 2023 foi, segundo a empresa, “gravemente “ afetado pelo “trágico” acidente na mina de Kostenko na região de Karaganda, no Cazaquistão, ocorrido em 28 de outubro de 2023 e pela deterioração na Acciaierie d’Italia, fábrica que partilha com o governo italiano que não quer injetar mais dinheiro. Sem a conjugação destes dois efeitos, diz a empresa, o resultado líquido teria atingido os 4.900 milhões de dólares (4.549 milhões de euros).
“Embora o ambiente operacional tenha ficado cada vez mais desafiador ao longo do ano de 2024, a nossa rentabilidade por tonelada é saudável”, afirmou o CEO do grupo, Aditya Mittal, citado pelo jornal digital espanhol El Economista. O gestor destacou as melhorias estruturais realizadas nos últimos anos ao nível de custos, carteira de ativos e balanço patrimonial.
O diretor financeiro, Genuino Christino, citado pelo mesmo jornal, salientou que desde novembro de 2023 observa-se uma mudança na tendência dos preços do aço, o que permite antecipar um crescimento moderado em 2024.
Talvez por tudo isso, apesar da queda dos principais indicadores em 2023, o papel da ArcelorMittal não só resistiu como subiu, esta quinta-feira, na Bolsa de Madrid, onde chegou a ultrapassar os 4%.
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