Luís Neto, um dos capitães do Sporting na temporada que agora termina, esteve este domingo em Alvalade para acompanhar o cortejo fúnebre a Manuel Fernandes e, aos jornalistas, sublinhou a "unanimidade" do eterno capitão, "um nome consensual pela sua qualidade desportiva e humana".
"Sempre que entrávamos em Alvalade para qualquer jogo, o mister está em quase todas as imagens nos corredores e, por isso, tínhamos a noção dos títulos, dos golos que marcou, do que representa para o clube. Era um nome unânime e consensual pela sua qualidade desportiva e humana, e está marcado também numa das portas do estádio. Todas as homenagens em vida e a quantidade de pessoas que têm vindo aqui, é mais do que merecido. É assim que os jogadores importantes e os jogadores que nos levam a muita glória num clube grande devem ser tratados, e o mister seguramente está orgulhoso por aquilo que têm feito por ele", começou por dizer.
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É um legado que Manuel Fernandes deixa? "Certamente. Reforço a ideia de que foi um histórico no futebol português e percebemos a unanimidade dele, não existindo aqui condições clubísticas. Acho que reunia consenso por tudo o que fez dentro e fora de campo e será sempre lembrado assim, fazemos todos parte da responsabilidade de o lembrar às gerações que vêm a seguir".
O número '9' está agora nas costas de Gyökeres. O que significa isto para o Sporting? "Até houve uma certa empatia entre os dois. Quando o Seba bateu o recorde de jogos, o mister esteve aqui e discursou. Na altura, confidenciou que se calhar com o Gyökeres ele também teria dificuldade em jogar. Passou-nos muitas mensagens positivas de Sporting, esteve sempre presente, e ficámos com a sensação que tinha realmente um orgulho pelo Viktor e por aquilo que ele também representou, pelo entusiasmo e empatia que criou com os adeptos, à imagem do que ele também fez no seu tempo".
Como é ver tantos jovens, que nunca viram Manuel Fernandes jogar, a mostrar tanto carinho? "Acho que é um bocadinho também o que representa os valores do clube, de geração em geração. Acho que a tendência é sempre os mais velhos passarem as mensagens, como os Cinco Violinos. O que marcou a história do clube passa para as gerações mais novas. O que ele deixou é tão grande que está marcado em vida, está marcado em registo, em muitas cerimónias e homenagens que lhe foram feitas em vida. É uma lenda sem qualquer dúvida e será assim lembrado".
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