Madeira: Iniciativa Liberal pede que Marcelo e Representante da República acabem com “circo de má fama”

7 meses atrás 59

A Iniciativa Liberal Madeira considerou “fundamental” que, até ao final do dia de hoje, se apresente aos madeirenses uma calendarização que transporte a região rapidamente para “fora desta ópera bufa”.

O líder e deputado da Iniciativa Liberal Madeira (IL), Nuno Morna, desafiou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Representante da República, Ireneu Barreto, a acabar com aquilo que apelida de “circo de má fama”, referindo-se ao actual cenário político da região.

Nuno Morna pediu clarificação sobre os passos que vão tomar depois da crise política que se instalou, desde a passada quarta-feira, como resultado de buscas, que levaram às renúncias do presidente do Governo Regional e da Câmara do Funchal, Miguel Albuquerque e Pedro Calado.

O dirigente partidário disse que o Representante da República tem uma oportunidade para “mostrar a sua utilidade, se é que a tem”.

Ao Presidente da República, Nuno Morna, apelou a que decida se dissolve ou não o parlamento regional, e que, caso convoque eleições antecipadas, que defina a data. Aos partidos, que num cenário em que o Orçamento precise de ser aprovado, que se comece rapidamente a sua discussão.

Nuno Morna considerou “fundamental” que, até ao final do dia de hoje, se apresente aos madeirenses uma calendarização que transporte a região rapidamente para “fora desta ópera bufa”. O líder da Iniciativa Liberal Madeira criticou a desresponsabilização que se vive na Madeira. Endureceu o discurso ainda em relação ao PAN por falar em responsabilidade e, ao mesmo tempo, querer manter “um status quo de instabilidade” e o CDS-PP por se querer afastar do que considera tóxico “como se não soubesse o que denunciou durante tantos anos”.

Sobre o PSD, diz que “quase não fala”. Para Nuno Morna, a população da região “não merece isto”.

O dirigente da Iniciativa Liberal considera que a Madeira “não pode parar” e lembrou que a situação que envolveu o primeiro-ministro, António Costa, foi resolvida em dois dias, enquanto que na Madeira, que Nuno Morna considera ter sido “muito mais grave”, já dura quase uma semana.

“A Madeira não pode parar”, afirmou Nuno Morna. “Parece que estamos muito mais preocupados com os partidos do que com as pessoas. O problema não são os partidos. O problema é a governabilidade da Madeira”, referiu Nuno Morna.

Referindo-se às buscas que ocorreram na região, que já levaram à detenção do na altura presidente da Câmara do Funchal, Pedro Calado, do chairman do Grupo AFA e do CEO da Socicorreia, Avelino Farinha e Custódio Correia, Nuno Morna salientou “que não sabemos se o caso terá pernas para andar”, mas que é necessário que se “apure tudo”.

Nuno Morna lembrou que a força partidária tinha apresentado, na passada sexta-feira, medidas de combate à corrupção, entre elas o mecanismo de veto na nomeação de diretores regionais e a criação de um gabinete da integridade, transparência, prevenção e combate à corrupção.

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