Madeira: Livre defende plano de emergência para habitação

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inaceitável a pressão sobre as famílias e sobre os jovens que querem arrendar ou comprar casa na região", afirmou a candidata do Livre aos jornalistas, numa iniciativa de campanha que decorreu num bairro social do Funchal.

O partido esteve com uma família (que não quis ser identificada), que relatou que está prestes a ser despejada de casa, naquele bairro, por ter contraído uma dívida e não conseguir pagar o crédito à habitação.

O casal, com três filhos, diz não ter onde morar, uma vez que os valores praticados no mercado de arrendamento são incomportáveis, aguardando uma eventual atribuição de uma habitação pública por parte do Governo Regional.

"Não podemos ignorar que neste preciso momento estão pessoas a ser despejadas, muitas empurradas pela gentrificação, pela especulação imobiliária e os créditos à banca", alertou Marta Sofia.

A candidata sublinhou que "é urgente um plano de emergência para a habitação, mas também é urgente uma resposta por parte da Segurança Social que não seja baseada num apoio ao arrendamento que não corresponde aos valores do mercado imobiliário".

O Livre propõe que 20% da habitação construída seja para habitação social pública ou a custos controlados, o financiamento da autoconstrução e projetos de arquitetura, um aumento dos apoios ao arrendamento e compra de habitação, assim como a conversão de edifícios públicos inutilizados em residências universitárias para jovens, destacou.

"Neste momento, estamos perante um atropelo da especulação imobiliária, é um negócio desenfreado de uma ilha que não está a ser feita para os madeirenses e porto-santenses viverem", lamentou, reforçando que "48 anos de governação por um partido único na região não resolveram o problema da habitação".

O Livre concorreu pela primeira vez nas eleições regionais da Madeira de setembro de 2023, mas não conseguiu nenhum mandato.

As legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

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