Madeira: PCP defende salários nunca inferiores a mil euros por mês já este ano

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O PCP revela que 22 mil trabalhadores madeirenses estão no limiar da pobreza e por isso defende um aumento salarial que não pode ser inferior a 150 euros e que faça com que nenhum trabalhador aufira um salário inferior aos 1.000 euros já em 2024.

O PCP criticou o modelo de baixos salários existente na Região Autónoma da Madeira e defendeu que este modelo deve acabar. Os comunistas reivindicam um aumento salarial de 15% para todos os trabalhadores, aumento que não pode ser inferior a 150 euros, e que o salário não seja inferior aos 1.000 euros já em 2024.

“Na nossa Região, apesar do propalado crescimento económico, aumenta o número de trabalhadores no limiar da pobreza, são 17%, mais de 22 mil madeirenses, mulheres e homens que mesmo trabalhando oito ou mais horas por dia, o salário que levam para casa ao fim do mês não dá para fazer face às despesas básicas da sua família. Mas também existem milhares de trabalhadores que apesar de terem rendimentos superiores ao limiar da pobreza, estão a perder poder de compra e a empobrecer”, disse o dirigente do PCP Madeira, Ricardo Lume.

O dirigente da força partidária diz “não ser aceitável” que os trabalhadores que são os “principais criadores de riqueza na Região estejam a viver no limiar da pobreza ou esteja a empobrecer, incluindo muitos micro e pequenos empresários que se encontram nesta situação”.

Ricardo Lume considerou que o atual quadro político da Região “não está a dar resposta” aos problemas dos madeirenses e porto-santenses e “está a agravar a política de exploração que empurra milhares de madeirenses para a pobreza e a exclusão social”.

O dirigente partidário disse ser “justo, necessário, útil e urgente” garantir uma “justa distribuição” da riqueza através da valorização dos salários.

“É justo, porque o que sobra em lucros para muitos poucos, falta a quase todos para responder às necessidades das nossas vidas. É necessário para fazer face ao custo de vida, na alimentação, habitação, transportes ou comunicações. É útil para dinamizar a economia e o emprego. É urgente, uma emergência Regional, face às injustiças crescentes e à fuga de centenas de jovens que procuram melhor vida no estrangeiro”, disse Ricardo Lume.

Para o dirigente comunista, é necessário criar um “amplo” movimento popular e social na defesa da valorização dos salários, que defina “um aumento salarial de 15% para todos os trabalhadores, aumento que não pode ser inferior a 150 euros, assim como é necessário garantir que na Região nenhum trabalhador aufira um salário inferior aos 1.000 euros já em 2024”.

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