Manifestantes pró-Palestina bloqueiam acessos a aeroportos nos EUA

Enquanto as companhias aéreas dos Estados Unidos enfrentavam uma onda de viagens de férias, as manifestações congestionavam o tráfego nos arredores do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, em Nova Iorque, e do Aeroporto Internacional de Los Angeles.

Durante os dois protestos, 62 pessoas foram detidas, disse a polícia.

Em Nova Iorque, ativistas cruzaram os braços e ergueram cartazes exigindo o fim da guerra entre Israel e o Hamas e o alargamento dos direitos dos palestinianos, paralisando o trânsito na via rápida que leva ao aeroporto durante cerca de 20 minutos.

— R A W S A L E R T S (@rawsalerts) December 27, 2023

Um vídeo publicado nas redes sociais mostrou alguns passageiros a carregarem malas e a deixar os veículos para trás, ultrapassando as barreiras do separador central da estrada.

O porta-voz da Autoridade Portuária de Nova Iorque e Nova Jersey, Steve Burns, disse que 26 pessoas foram detidas na estrada e que foram enviados dois autocarros para transportar os viajantes de forma segura até ao aeroporto.

Também uma importante via em direção ao aeroporto de Los Angeles foi fechada por outro grupo de manifestantes pró-Palestina, que arrastou cones de trânsito, lixeiras e destroços para as estradas.

Em comunicado, o Departamento de Polícia de Los Angeles acusou os manifestantes de atirarem um agente da polícia ao chão e de "atacarem transeuntes não envolvidos nos seus veículos", sem fornecer mais detalhes sobre nenhum dos incidentes.

Segundo o Departamento de Polícia de Los Angeles, o tráfego ao redor do aeroporto permaneceu afetado cerca de duas horas após a desmobilização da manifestação, que foi declarada ilegal.

Um porta-voz da polícia disse que 35 pessoas foram detidas por tumultos e uma outra por agressão a um polícia. Nenhum polícia ficou ferido, segundo o porta-voz.

Desde que a guerra entre Israel e o Hamas eclodiu em 07 de outubro, registaram-se vários protestos em cidades dos Estados Unidos.

Em Nova Iorque, os organizadores pró-palestinos responderam ao crescente número de mortos em Gaza com ações crescentes destinadas a perturbar alguns dos eventos mais conhecidos da cidade, incluindo a Parada do Dia de Ação de Graças da Macy's e a cerimónia anual de iluminação das árvores no Rockefeller Center.

Numa conferência de imprensa na terça-feira, o presidente da Câmara de Nova Iorque, Eric Adams, criticou algumas das táticas dos organizadores do protesto e sugeriu que a polícia pode precisar de intensificar a sua resposta.

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