Marcelo Rebelo de Sousa: “Momento do Presidente não é tema”

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Ao “Expresso”, o Presidente da República afastou a possibilidade avançada por alguns comentadores de estar a degradar a função presidencial.

Marcelo Rebelo de Sousa reagiu com uma simples frase às críticas que lhe têm sido dirigidas por alguns comentadores que o acusam de degradar a função presidencial. Ao “Expresso”, o Presidente da República garantiu que “o momento presidencial não é tema”.

Na semana passada, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante a era colonial, sugerindo o pagamento de reparações pelos erros do passado.

“Temos de pagar os custos. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isto”, afirmou Marcelo num jantar com correspondentes estrangeiros em Portugal, citado pela agência Reuters.

O Chega pediu o agendamento de um debate de urgência no parlamento para que o Governo esclareça se está a ser equacionada a atribuição de eventuais “indemnizações às antigas colónias”.

O partido político liderado por André Ventura acusou o chefe de Estado de trair os portugueses e pediu a Marcelo Rebelo de Sousa que se retrate por estas declarações.

Luís Marques Mendes, conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD, considera que Marcelo Rebelo de Sousa teve “uma noite infeliz” com as declarações que saíram do encontro com a imprensa estrangeira. “Ao falar com a imprensa estrangeira, o Presidente da República teve uma noite infeliz, disse o que não devia ter dito e concentrou as atenções em si pelas piores razões. Foi tudo sem sentido”, disse Luís Marques Mendes no seu espaço de comentário na “SIC”.

Marques Mendes que as palavras proferidas sobre Luís Montenegro (atual primeiro-ministro) e António Costa (ex-primeiro-ministro), nomeadamente as comparações, foram “considerações deselegantes”, sendo que deu “explicações desnecessárias sobre as relações com o seu filho, que devem ser da intimidade familiar e não da praça pública” e “sobretudo a infelicidade da ideia sobre alegadas indemnizações às ex-colónias“, numa altura que antecedeu as celebrações dos 50 anos do 25 de Abril e reuniões com PALOP.

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