Mariana Vieira da Silva vai ser cabeça de lista do PS por Lisboa; Ana Catarina Mendes por Setúbal; Alexandra Leitão por Santarém

8 meses atrás 49

Duas ministras e uma ex-ministra vão ser cabeças de lista do PS por Lisboa, Setúbal e Santarém. Já era conhecido o nome de Francisco Assis pelo Porto.

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JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência no atual governo em gestão, vai ser a cabeça de lista pelo PS em Lisboa. Ana Catarina Mendes, ministra dos Assuntos Parlamentares, lidera a lista socialistaem Setúbal e em Santarém será a ex-ministra Alexandra Leitão, que tem estado ao lado de Pedro Nuno Santos.

Os nomes foram revelados por Luís Marques Mendes, comentador da SIC e ex-líder do PSD, tendo o Observador já confirmado junto do PS o nome das três candidatas a deputadas pelos três círculos. “Três pessoas com qualidade política”, salienta o comentador.

Do PS ainda são poucos os nomes conhecidos. O Observador já tinha avançado que pelo Porto avança Francisco Assis como cabeça de lista.

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Na elaboração destas listas, sabe-se já também que Duarte Cordeiro não vai integrar os nomes candidatos a deputados. O atual ministro do Ambiente também recusa fazer parte de um eventual novo governo socialista caso o partido vença as eleições. Duarte Cordeiro prefere não desempenhar qualquer cargo público enquanto não ficarem esclarecidos os casos em que está envolvido, como a Operação Influencer. “Tenho direito ao meu bom nome”, disse ao Expresso.

Duarte Cordeiro não quer exercer cargos públicos enquanto durar Operação Influencer. “Tenho direito ao meu bom nome”

Marques Mendes considerou que este é um bom exemplo. Considerando que é um dos melhores ministros do Governo, recorda que Duarte Cordeiro não é sequer arquido no processo. “Enquanto tudo não está esclarecido, decidiu afastar-se, em vez de se agarrar ao lugar. Se todos agissem assim, a democracia respirava muito melhor”.

Tal como o Observador avançou, a direção do PS está a afinar uma regra para potenciais candidatos que estejam envolvidos em casos judiciais e não vai impedir que autarcas em fim de mandato saltem para a Assembleia da República.

Lista de deputados. Pedro Nuno terá regra sobre Justiça e autarcas a saírem de câmaras para Parlamento

No espaço de opinião na SIC este domingo, Marques Mendes acrescenta que “é muito importante ter bons deputados, mas acho que não é por aí que o partido A ou B vá ganhar eleições. Quase ninguém vota em deputados”.

Para Marques Mendes isso é mau. “Mas será sempre assim enquanto não tivermos um sistema de círculos uninominais, compensados com um círculo nacional. O modelo mais recomendável para promover o mérito e a responsabilização política.” E os partidos, no seu entender, estão a fazer por melhorar. Aplaude as escolhas dos independentes. Mas critica a saída de Carla Castro da IL. “Uma das melhores deputadas da Assembleia da República”.

Luís Marques Mendes, ex-líder do PSD, no habitual comentário na SIC, considera que desta vez “a AD recuperou a iniciativa”, depois da reunião com economistas e desta convenção de domingo. Considera que o discurso de Luís Montenegro foi “bom” e “diferente do habitual” e “marcante para o futuro”.

Isto porque, no seu entender, “marca diferenças” em relação a Pedro Nuno Santos, sobretudo na economia e redução de impostos, e porque “apresentou um conjunto de compromissos que quantificou com propostas “quantificadas e calendarizadas”, em particular na saúde, educação, jovens e pensões. Também mostra, no entender de Marques Mendes, querer reconciliar-se com os reformados.

Marques Mendes também vê no discurso de Montenegro uma doutrina política e económica e um discurso mais pela positiva do que pela negativa. “As pessoas querem coisas pela positiva”.

Marques Mendes elogia ainda o discurso de Nuno Melo. “Um bom discurso, sobretudo no combate político ao Chega. Percebe-se que há aqui uma divisão de tarefas. Nuno Melo faz o discurso de combate; Montenegro faz mais o discurso pela positiva”.

Considera que Nuno Melo, o que disse na entrevista, é normal ser dito por um comentador, não por um político, mas “isso acontece a todos. É uma infelicidade”.

“Infantilidade” de Melo causa embaraço a Montenegro. “Caiu na casca de banana”

A ausência do presidente do PPM não “faço ideia”, considerando não haver qualquer significado.

Sobre Pedro Nuno Santos, Marques Mendes considera que o líder do PS “tem nuvem negra que o acompanha”, que é a sua passagem pelo Governo. “É uma espécie de pesadelo”, diz Marques Mendes na SIC. “Não creio que a TAP lhe vá tirar votos. O que Pedro Nuno Santos tinha a perder por causa da TAP já perdeu. E não foi pouco”.

Sobre o líder do PS destaca pela positiva o anúncio de que a prioridade é a economia e o crescimento. “É preciso metermos todos na cabeça que temos de crescer”. Pela negativa diz que fica a questão fiscal.

“É difícil compreender como se pode colocar a economia a crescer mais e a atrair mais investimento produtivo com os níveis de fiscalidade que temos, sobretudo se compararmos com os países do Leste Europeu”. Para Marques Mendes a questão fiscal não devia ser de esquerda ou de direita. “Deve ser uma questão mais objetiva”.

“É bom que o PS fale de mais crescimento económico mas é bom que nos explique como lá chega com esta fiscalidade”.

Luís Marques Mendes diz ter informação de que o excedente orçamental em 2023 ficou acima de 1%. A UTAO, ainda esta semana, considerou que o excedente de 0,8% projetado pelo Governo iria ser ultrapassado. O Banco de Portugal estimou o excedente em 1,1%. O comentador adianta que não ficará abaixo de 1%.

E diz que o fundo Medina devia mesmo ser criado, até pela perspetiva da perda futura dos fundos estruturais de Bruxelas. “O Fundo parecia-me uma boa ideia”.

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