Marques Mendes: “Santa Casa? Ministra pode não se livrar da acusação de saneamento político”

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“Nomeação do próximo provedor é o teste do algodão relativamente à génese desta decisão e se for escolhido alguém da área política do Governo, não se livra das acusações de saneamento político”, destacou no espaço de comentário no “Jornal da Noite” da SIC.

Luís Marques Mendes, ex-presidente do PSD, alertou este domingo que a próxima escolha para o cargo de provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa vai ser o “teste de algodão” para a nova ministra do Trabalho e da Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho.

“Há tudo para explicar no caso da Santa Casa. Houve uma demissão e não houve explicação nenhuma. Esta ministra não ia tomar uma decisão desta natureza se não houvesse coisas graves, só por saneamento político”, começou por referir no espaço de comentário no “Jornal da Noite” da SIC.

No entanto, há muito por explicar neste caso: “Não é normal demitir-se a provedora da Santa Casa sem uma explicação e precisamos de saber que atos levaram ao afastamento. Sem explicação fica a ideia de saneamento político. Nomeação do próximo provedor é o teste do algodão relativamente à génese desta decisão e se for escolhido alguém da área política do Governo, não se livra das acusações de saneamento político”, destacou.

A provedora Ana Jorge e os restantes membros da Mesa foram exonerados “com efeitos imediatos” em 30 de abril, através da publicação em Diário da República de um despacho que justificava a decisão com “atuações gravemente negligentes” que afetaram a gestão da instituição.

No mesmo dia, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social (MTSSS) esclarecia à Lusa que, apesar de a exoneração ter efeitos imediatos, a provedora e a restante equipa ficariam “no exercício das funções de gestão corrente” até à nomeação de nova equipa.

A exoneração da provedora Ana Jorge e dos restantes cinco elementos da Mesa provocou um coro de criticas, nomeadamente por parte dos vários partidos com assento parlamentar, que fizeram aprovar uma série de audições, com caráter de urgência, a pedir explicações sobre o que se tem vindo a passar na instituição.

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