Mastercard quer alcançar 100% de tokenização do comércio eletrónico na Europa até 2030

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A tokenização é considerada um impulso para transações seguras. O serviço de tokenização da Mastercard foi introduzido em 2014 e, segundo a empresa, já assegura 25% das transações do comércio eletrónico a nível mundial e a sua adoção acelera 50% a cada ano.

A Mastercard anunciou o objetivo de atingir 100% de tokenização do comércio eletrónico na Europa, até 2030, e o compromisso de eliminar, gradualmente, a introdução manual de cartões e tornar o comércio eletrónico mais seguro e acessível para todos, anuncia a multinacional de pagamentos em comunicado.

A tokenização é considerada um impulso para transações seguras.

O serviço de tokenização da Mastercard foi introduzido em 2014 e, segundo a empresa, já assegura 25% das transações do comércio eletrónico a nível mundial e a sua adoção acelera 50% a cada ano.

“A eliminação dos pagamentos com cartão físico oferece uma solução mais rápida e segura aos utilizadores e uma proteção contra fraudes aos comerciantes”, defende a empresa.

“À medida que os pagamentos se tornam mais complexos, a Mastercard está a aproveitar a tokenização, o check-out simplificado e as chaves de acesso de pagamento para criar uma experiência consistente em vários dispositivos, sistemas de navegação e sistemas operativos”, refere a Mastercard.

“A Mastercard lidera o compromisso para a tokenização na Europa e manter-se na vanguarda da inovação dos pagamentos, conforme aconteceu com o contactless”, sublinha a empresa.

Para eliminar a necessidade de registar manualmente os dados do cartão, a Mastercard está a facilitar a integração do Click to Pay, a sua ferramenta de pagamento online para as lojas online, e a permitir que os bancos ajudem os utilizadores a registar os seus cartões.

A fusão da tokenização com o Click to Pay e senhas de pagamento (que aproveitam a autenticação biométrica baseada em dispositivos móveis online para eliminar senhas e códigos de utilização única) beneficia todo o ecossistema financeiro. Desde logo, os utilizadores vão poder usufruir de pagamentos mais rápidos e seguros; os comerciantes vão sentir um aumento nas vendas, maior proteção contra fraudes e maiores taxas de aprovação; e os emissores vão reforçar a segurança do cliente e uma maior utilização dos cartões.

Evolução dos cartões: da validação manual à tokenização

“Os cartões de crédito surgiram no final das décadas de 1950 e 1960, mas a tecnologia de processamento levaria décadas a alcançar”, conta a Mastercard no comunicado.

Num primeiro momento, os empregados comparavam os números nos cartões com uma lista de números inválidos ou ligavam para o banco emissor para obter autorização. Depois, os validadores manuais, que permitiam fazer o registo dos números dos cartões em impressos com papel químico, dominaram os comprovativos de pagamento nas décadas de 1970 e 1980, até que as bandas magnéticas e os terminais de pagamento eletrónico assumiram o controlo, seguidos pelos cartões com chip, relata a empresa global de pagamentos.

Hoje em dia, quando as compras são feitas em loja física,  é posivel usar a tecnologia contactless e aproximar o cartão ou dispositivo móvel de um leitor e, numa fração de segundos, as credenciais são autenticadas e a transação é autorizada.

A Mastercard lembra que há uma década foi criada uma nova forma de proteger os dados: a tokenização, que substitui o número do cartão de 16 a 19 dígitos por um número gerado aleatoriamente.

Em 2013, Mastercard desenvolveu o padrão de tokenização, que, mais tarde, foi adotado como padrão da indústria pela EMVCo, o consórcio que gere padrões de pagamento a nível global. No ano seguinte, a empresa apresentou o serviço de tokenização, o Mastercard Digital Enablement Service, como parte do lançamento do Apple Pay.

Vulnerabilidades na indústria de pagamentos

Apesar das rigorosas soluções de segurança implementadas pela indústria de pagamentos, o comércio online continua a enfrentar vulnerabilidades.

De acordo com a Juniper Research, espera-se que as perdas por fraude em pagamentos online ultrapassem os 90 mil milhões de euros em 2028.

A Mastercard diz que, graças ao sistema contactless, conseguiu-se que as compras nas lojas físicas sejam mais fluidas e seguras, ao substituir o número do cartão por outro gerado aleatoriamente para evitar que informações reais sejam transmitidas em cada transação.

“À medida que as experiências físicas e digitais continuam a convergir, estamos a expandir os limites do que é possível”, comentou Jorn Lambert, Chief Product Officer de Mastercard.

“Na Europa, vimos a tokenização ganhar um impulso em todo o ecossistema, porque a conveniência e as baixas das taxas de fraude são um argumento muito forte”, acrescentou Valerie Nowak, Vice-presidente Executiva de Produto e Inovação da Mastercard Europa, que concluiu dizendo que “estamos confiantes de que alcançar esta visão até 2030 será benéfico para os clientes finais, os retalhistas e os emissores de cartões.”

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