Estas 536 destruições foram resultado de 876 pedidos de intervenção por parte da população, segundo informações remetidas hoje à Lusa por esta autarquia, do distrito do Porto.
Setembro foi o mês em que se registaram mais pedidos por se tratar de uma época ainda quente e em que os ninhos se tornam mais visíveis e de maior dimensão. Em contrapartida, março foi o mês em que se verificaram menos alertas.
As freguesias de Leça do Balio, Senhora da Hora e São Mamede Infesta foram as mais afetadas porque são aquelas onde se concentraram cerca de 50% dos pedidos de intervenção, sublinhou o município.
Para um combate mais eficaz à vespa asiática, a Câmara de Matosinhos decidiu adotar uma nova técnica de eliminação dos ninhos baseada no envenenamento.
Com recurso a uma cana extensível em fibra de carbono, os técnicos da Proteção Civil, que tiveram formação para manobrar o equipamento, injetam produtos inseticidas no ninho, fazendo com que as vespas morram.
Para tal, a autarquia, liderada pela socialista Luísa Salgueiro comprou no final do ano passado 12 canas extensíveis de carbono e respetivos químicos, sublinhou.
Com esta nova metodologia, o município pretende aumentar a capacidade de resposta, diminuindo o tempo de espera e aumentando a satisfação da população.
O objetivo da câmara passa por, a partir de maio, estender a formação às uniões de freguesias através das Unidades Locais de Proteção Civil.
O primeiro ninho de vespa asiática detetado em Matosinhos foi a 25 de julho de 2013.
A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.
Natural das regiões tropicais e subtropicais do norte da Índia ao leste da China, Indochina e ao arquipélago da Indonésia, a espécie entrou na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004.
Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.
A vespa velutina distingue-se da espécie europeia pela coloração do abdómen, que é predominantemente de cor preta.
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