Mercado de pilotos desbloqueado; a Ducati já decidiu. E agora?

3 meses atrás 87

O lugar ao lado de Francesco Bagnaia na equipa de fábrica da Ducati era visto como o grande bloqueador no mercado de pilotos de MotoGP. Agora que Marc Márquez foi confirmado, deverão existir condições para o resto das movimentações começarem a suceder-se. A outra dupla que já está fechada é a da Red Bull KTM: Brad Binder e Pedro Acosta.

Aprilia Racing

De facto, uma consequência já se verificou: Jorge Martín foi confirmado na Aprilia, depois de ficar sem hipóteses de concretizar o sonho de chegar à Ducati… pelo terceiro ano consecutivo, apesar dos bons resultados.

E um dos lugares de fábrica para decidir é precisamente na Aprilia. O construtor de Noale quer continuar com Maverick Viñales, mas especula-se que o espanhol tem uma oferta tentadora financeiramente da Repsol Honda.

Uma vez que Luca Marini já tem contrato até 2026, quem poderia sair era Joan Mir. Em fim de contrato, o campeão de 2020 está longe de estar satisfeito com a falta de progressos da moto.

Construtores japoneses

Poderíamos ver uma troca direta entre Viñales e Mir? Para Mir, seria o ideal do ponto de vista desportivo, mas para Viñales seria pouco lógico considerando que vive uma das melhores fases da carreira junto da Aprilia.

Depois, há um lugar na Monster Energy Yamaha, mas não parecem existir grandes dúvidas sobre a continuidade de Álex Rins. Pelo menos, não têm surgido rumores sobre o piloto que chegou este ano à casa de Iwata ou potenciais sucessores.

Equipas satélite da Ducati

Há três equipas satélite da Ducati com seis vagas em aberto, esperando-se que essas peças do puzzle comecem agora a encaixar. A VR46 tem Fabio Di Giannantonio e Marco Bezzecchi e parece pouco lógico qualquer um deles sair… a menos que seja para terem uma moto atual em 2025, eventualmente na Pramac.

Porém, a equipa de Paolo Campinoti já deverá ter uma vaga preenchida pelo rookie Fermín Aldeguer. Espera-se que tal dependa só da oficialização ao lado da Ducati com duas motos oficiais. Martín sai, e do outro lado da garagem está Franco Morbidelli que no seu primeiro ano está a recuperar a olhos vistos da lesão que o forçou a falhar toda a pré-temporada.

A Gresini perderá Marc Márquez. E Álex Márquez? Também em fim de contrato, terá de fazer por merecer o lugar quando o seu melhor resultado em 2024 até agora é um quarto lugar (único no top cinco).

Bezzecchi não parece ser uma alternativa: vendo a VR46 como uma família, o piloto deverá preferir manter-se na atual equipa se for para continuar com uma moto de especificação anterior. E para Di Giannantonio seria uma mudança depois de apenas um ano. Porquê prescindir da estabilidade se teria as mesmas condições competitivas?

As outras equipas satélite

Na Red Bull GasGas Tech3, a saída de Acosta para a KTM já é um facto consumado. Augusto Fernández está em fim de contrato e longe de impressionar com os resultados e desempenhos, podendo enfrentar o fim da linha.

Carlo Pernat, empresário de Enea Bastianini, garantiu à imprensa italiana que o piloto irá pilotar uma KTM RC16 no próximo ano. Como a equipa de fábrica está fechada, pressupõe-se que o piloto estará na GasGas Tech3 apesar de não haver confirmação. Jack Miller também pode estar de olho na estrutura francesa, quando não tem qualquer programa para 2025.

Mas, sendo a KTM uma das motos mais competitivas da atualidade, poderá aparecer o interesse de outros pilotos – não sendo sequer de excluir surpresas como Mir ou o regresso de Miguel Oliveira ou Raúl Fernández.

Isto porque os dois atuais pilotos da Trackhouse Racing estão em fim de contrato, e com o futuro incerto. Especula-se que a equipa de Justin Marks pode apostar já em Joe Roberts para ter um piloto americano, o que custaria a vaga a pelo menos um dos pilotos atuais. E também já existiram rumores a apontarem Mir à equipa, naquela que seria uma reedição da dupla vencedora com o chefe de equipa Davide Brivio.

A outra vaga por preencher é na LCR Honda ao lado de Johann Zarco. Sendo uma equipa satélite do construtor menos competitivo da atualidade, não deverá ser o mais cobiçado dos lugares hoje em dia, mas é sempre uma vaga e uma possibilidade. Takaaki Nakagami não está a fazer má figura – tem menos um ponto do que Zarco e está na frente de Luca Marini (Repsol Honda). E, sendo japonês, é um encaixe perfeito para a Honda, pelo que pode muito bem renovar.

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