Miguel Oliveira acredita que Pedro Acosta "será campeão em breve": «Vai ser levado ao colo»

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Miguel Oliveira reiterou esta quarta-feira a ambição de realizar uma boa prova em Portimão, na próxima etapa do Mundial de MotoGP (a 24 deste mês), um circuito que conhece bem e onde até já ganhou. O piloto português da Trackhouse abordou também a condição em que se encontra a sua moto, a adaptação à nova equipa, bem como a chegada do promissor Pedro Acosta à categoria principal.

Que pontos fortes e fracos deteta na moto, antes do GP de Portugal?
"Julgo que neste circuito vai ser mais fácil de esconder aquilo que a moto ainda não tem de ótimo. Obviamente falta-nos velocidade nas retas, mas temos uma moto que nos permite ter muita velocidade por curva. Em Portimão andamos sempre muito inclinados, seja para a direita ou para a esquerda, há poucos momentos durante a volta em que temos a moto em linha reta. Pela falta de estabilidade que sinto isso ajuda. Mas são tudo teorias, que precisam de ser provadas no fim de semana."

Adaptação à Trackhouse
"É muito cedo para perceber o efeito da gestão norte-americana. Houve já coisas que percebemos que têm muito boas 'pernas' para andar, como a vinda do Davide Brivio para a equipa, um team principal com experiência, que sabe movimentar-se muito bem no paddock. Acho que a longo prazo vamos poder trazer mais pessoas para a Trackhouse, mais pessoas com grande experiência. Obviamente isso augura um grande futuro para a equipa."

Que precisa para terminar o campeonato à frente da Aprilia oficial?
"Basta ter o mesmo apoio que eles, se assim for as coisas acontecem. O objetivo é dentro da marca terminarmos à frente uns dos outros. Temos o Aleix [Espargaró], que neste momento é o único piloto que se consegue destacar de todos pelo estilo de condução que tem e que parece 'casar' na perfeição com a moto. Ainda temos algum trabalho pela frente para adaptar a moto ao nosso estilo de condução e isso exige tempo. Fazer mudanças grandes num fim de semana de MotoGP é mais prejudicial do que benéfico. Só com o decorrer das corridas é que, se persistirmos nestas dificuldades, vamos conseguir encontrar a solução."

Espera continuar a ter o da Aprilia? 
"A Aprilia está a dar o apoio que consegue. Obviamente gostaríamos de ter mais apoio, mas é o que temos. Obviamente vamos trabalhar com eles e otimizar esses recursos ao máximo."

O Aleix Espargaró obteve no Qatar um resultado melhor no sprint do que na corrida. Isso diz muito da moto?
"Temos uma moto que permite fazer muita velocidade por curva mas está dependente da aderência. Com a moto pesada, uma condução de menos aderência fica difícil de colmatar essa lacuna, mesmo para o Aleix. Para nós é ainda mais difícil."

Que espera de Pedro Acosta, um estreante, este ano?
"Tenho uma opinião muito boa dele, vai ser um campeão brevemente. Acredito, já se percebeu isso. Como se diz gíria do futebol, vai ser levado ao colo para que isso aconteça. Comparado com outros rookies não creio que se tenha destacado imenso no Qatar, houve outros em temporadas de estreia que conseguiram resultados mais interessantes. Mas pelo seu caráter vai ser sem dúvida um grande campeão."

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