Ministra sobre novo diretor-executivo: "Tem uma visão para o SNS"

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Saúde

22 mai, 2024 - 10:39 • João Cunha

A ministra da Saúde justifica escolha do tenente-coronel António Gandra d’Almeida pelo "curriculum".

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, considera que António Gandra d’Almeida, o novo diretor executivo do SNS, "tem uma visão" para o serviço público de saúde, nomeadamente no que toca ao reforço do funcionamento em rede.

"Tem um curriculum que fala por si. É um médico, militar, um homem muito habituado à organização e operação no terreno. Tem uma visão que cumpre o que o estatuto do SNS define para a direção executiva: garantir articulação e potenciar a capacidade das unidades de saúde de trabalhar em rede".

Quanto a Fernando Araújo, agradeceu-lhe o empenho. "Falei esta manhã com o professor Fernando Araújo. É uma gratidão que lhe temos pelo que fez pelo SNS e por Portugal. E desejei-lhe muito boa sorte para o que vai ser o seu futuro".

Aumento dos internamentos sociais

Há muito tempo que se conhecem os problemas de aumento de internamentos sociais. Para a ministra da Saúde, é uma preocupação e faz parte do plano de emergência, com medidas de curto e longo prazo.

"Nós temos uma fatia grande do PRR a ter cuidados continuados de média e longa duração. Há zonas do país onde temos menos resposta. Há hospitais, como o Fernando Fonseca, que poderiam aumentar a capacidade de resposta se estes internamentos pudessem estar noutro contexto, sendo até mais sustentável para o próprio SNS."

Não é algo que se resolva de imediato, sublinha a ministra, mas "há medidas imediatas, porque há áreas e serviços dos nossos hospitais que precisam urgentemente, e antes de chegarmos ao inverno, de ter capacidade disponível, nomeadamente internamentos".

Negociações com médicos

Depois dos professores, será possível que os profissionais de saúde vejam também as suas condições melhoradas? Ana Paula Martins lembrou que haverá na sexta-feira a primeira reunião negocial com os médicos, e "está muito empenhada nesta negociação".

"Para encontrarmos as melhores soluções para as condições remuneratórias e para além delas, outros aspetos que nos têm feito chegar, como o equilíbrio entre a vida profissional e familiar, ou como atrair as gerações mais jovens. Vamos fazer o que se faz em concertação social e nunca desistir de chegar a um consenso, pelo interesse dos nossos profissionais, porque sem eles não há SNS."

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