MNE britânico e francês visitam Israel para conter escalada

1 mes atrás 47

"O ministro [Israel] Katz vai reunir-se amanhã com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido e de França, que vêm a Israel para uma visita rápida, e discutirá com eles os esforços para evitar uma escalada regional", anunciou hoje a diplomacia israelita em comunicado.

"Espera-se que o ministro Katz levante a necessidade de promover sanções económicas severas contra o Irão em relação à questão nuclear, mísseis e veículos aéreos não tripulados, e à declaração da Guarda Revolucionária [do Irão] como organização terrorista", indica-se no comunicado.

Na reunião tripartida, acrescentou o ministério, espera-se também que seja acordada a libertação dos reféns israelitas que permanecem na Faixa de Gaza em posse do grupo islamita palestiniano Hamas desde o ataque em solo de Israel em 07 de outubro, que matou quase 1.200 pessoas e desencadeou o atual conflito.

David Lamy divulgou hoje um comunicado em que considera as discussões no Qatar com vista a uma trégua na Faixa de Gaza como "cruciais para a estabilidade global".

"As próximas horas e dias poderão definir o futuro do Médio Oriente", advertiu o governante, defendendo que "um cessar-fogo não só protegeria os civis em Gaza", como também abriria caminho para um alívio de tensões "mais amplo e traria a tão necessária estabilidade".

No mesmo sentido, Stéphane Séjourné sustentou, durante uma visita hoje a Beirute, que um cessar-fogo na Faixa de Gaza é necessário para garantir a paz na região.

"Estamos todos preocupados com a situação regional", disse Séjourné depois de se reunir com o presidente do parlamento, Nabih Berri, um aliado do grupo xiita libanês Hezbollah.

Uma delegação israelita chegou hoje a Doha para retomar as negociações com os mediadores -- Estados Unidos, Egito e Qatar -- para um cessar-fogo no enclave palestiniano, que permitiria a libertação dos reféns, apesar de o Hamas ter anunciado que não iria comparecer na reunião.

A recusa do Hamas está ligada à ameaça do Irão de atacar Israel em retaliação pelo assassínio do chefe político do grupo palestiniano, Ismail Haniyeh, há duas semanas em Teerão, bem como do grupo xiita libanês Hezbollah, depois de as forças israelitas terem matado o seu líder militar, Fuad Shukr, algumas horas antes.

Os Estados Unidos afirmaram que as conversações indiretas em Doha são um "começo promissor" para tentar fechar um acordo de cessar-fogo.

John Kirby, conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, indicou que, devido à complexidade do processo, não é provável que um acordo seja fechado na reunião de hoje, embora espere avanços nas próximas horas ou dias, de acordo com a estação CNN.

Em cima da mesa está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos na Faixa de Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos em Israel, apesar de as partes estarem em confronto há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.

As negociações em Doha são retomadas no dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.

Leia Também: Londres mantém 'nega' a Zelensky mísseis de longo alcance em solo russo

Ler artigo completo