O mais antigo certame têxtil da Península Ibérica fechou o primeiro de dois dias com um aumento significativo do número de visitantes. É a confirmação dos bons resultados conseguidos em Paris e Milão.
Num quadro em que o sector têxtil acredita que 2024 será o ano do regresso ao crescimento dos negócios e principalmente das exportações – que diminuíram 5,6% em 2023, face ao recorde de 2022, para 5.753 milhões de euros – o Modtissimo, o maior certame têxtil da Península Ibérica, viu o número de visitantes crescer cerca de 10%.
Segundo dados da organização, da Associação Selectiva Moda, o primeiro dia do certame, que encerra esta quinta-feira, conheceu um, aumento ada ordem dos 10% em termos de número de visitantes, o que é considerado à partida muito positivo.
Os bons indicadores do Modtissimo vêm juntar-se ao sentimento positivo que o sector tem acumulado desde o início do ano, segundo adianta Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP). De facto, as empresas vêm afirmado que tanto a Première Vision Paris como a Milano Única – duas das feiras europeias mais importantes do calendário anual europeu – deixaram excelentes indicações sobre as perspetivas para 2024. Tanto ao nível das PME, como daquelas que o sector considera grandes.
É o caso da TMG Textiles – que se divide entre a moda e os componentes automóveis – que adiantou que as duas feiras correram de forma muito positiva. E o comparativo com o ano passado sai a ganhar: se, em 2023, a Première Vision correu bem mas as seguintes já ‘perdiam gás, este ano a Milano Única forneceu precisamente os mesmos indicadores positivos da capital de França.
“As feiras deste sector que se realizam desde o início de 2024 superaram as melhores expectativas e seria perfeito se o Modtissimo pudesse continuar na mesma linha”, referiu o CEO da Selectiva Moda, Manuel Serrão.
A feira têxtil portuguesa, que vai na sua 63ª edição (ou na edição 60+3, como a organização prefere referir) agrega mais de 200 expositores, que há algumas edições regressou aos pavilhõrs da Exponor e deixou o edifício da Alfândega do Porto – uma transferência que foi apreciada pelas empresas, que ali encontram um espaço em contínuo que antes não tinham. São cerca de sete mil m2 de espaço expositivo divididos nos segmentos de tecidos e acessórios, moda adulta e infantil e serviços complementadas pelo Fórum Fabric Trends, com curadoria de Dolores Gouveia e o espaço iTechStyle Showcase.