Montenegro: “Não há nenhuma relação entre a nossa capacidade de acolher imigrantes e índices de criminalidade”

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No dia em que foi tornado público que as chegadas de imigrantes a Portugal terão de ser acompanhadas por um contrato de trabalho, o Governo português anunciou um pacote de medidas nesta matéria.

“Nem portas fechadas nem escancaradas” tornou-se uma das frases da campanha de Luís Montenegro para as eleições legislativas que viria a ganhar em março, dando pistas sobre a política na matéria das migrações. E foi essa mesma ideia que o primeiro-ministro português utilizou esta segunda-feira para descrever o pacote de medidas para as migrações determinada esta segunda-feira na conferência de imprensa que se seguiu ao Conselho de Ministros.

Nas palavras do líder do Executivo, o Governo estruturou um plano de ação para as migrações “em espírito de abertura e acolhimento”, orientado, também, para o incentivo aos jovens que admitem deixar o país, por um lado, e para aqueles que querem regressar.

Antes de António Leitão Amaro, ministro da Presidência de Portugal, dar a conhecer o conjunto de medidas relativas às migrações, Montenegro revelou que um dos objetivos do Executivo passa por “regularizar o que está pendente”, no que aos processos do AIMA, diz respeito, sublinhando que o contributo das autarquias locais, “que muito já fazem”, é um fatores.

Desmistificando aquele que é uma das ideias pré-feitas sobre o fenómeno da imigração, que ecoou na campanha para as legislativas pela voz de Pedro Passos Coelho, Luís Montenegro insistiu que não existe “nenhuma relação entre a capacidade de acolher imigrantes e índices de criminalidade”. “Este Governo não estigmatiza aqueles que nos procuram só porque são estrangeiros”, afirmou.

“Vejo os imigrantes que procuram Portugal como novos portugueses”, disse ainda o primeiro-ministro.

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