Mortágua apela ao voto dos que foram "enganados pela maioria absoluta"

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No dia em que o BE assinala 25 anos desde a sua fundação, em 1999, Mariana Mortágua encerrou o comício em Torres Novas, Santarém, com um discurso em torno das vitórias ao longo destas duas décadas e meia de história dos bloquistas, concluindo com um apelo ao voto a um eleitorado muito concreto.

"Foi sempre, ao longo de 25 anos, o voto no Bloco que abriu caminhos à esquerda e é isso que muda a vida das pessoas. Temos tantas vitórias para o provar. Às mulheres, aos homens que foram enganados pela maioria absoluta eu apelo ao voto no Bloco de Esquerda para que haja força para fazer o que nunca foi feito", pediu.

A líder bloquista pediu às pessoas que esta noite se juntaram na Praça do Peixe "para levar este apelo ao povo".

"É já daqui a poucos dias que vamos vencer a direita, é daqui a poucos dias que faremos do Bloco a grande força determinante para um novo Abril", enfatizou.

Retomando o discurso do fundador do BE Fernando Rosas, feito na véspera no comício em Almada, Mortágua lembrou a "velha conversa do voto útil" que, caso fosse um livro, teria como título "a história de um arrependimento".

Depois de passar pelos governos de José Sócrates e de Passos Coelho, a líder do BE chegou a 2022 e ao regresso da "mesma chantagem do voto útil" que terminou com a maioria absoluta de António Costa cuja demissão levou a estas eleições antecipadas.

"Depois de tudo, depois desses dois anos, o Governo demitiu-se. Teve todo o poder, toda a arrogância, o rei na barriga, e demitiu-se perante um país envergonhado que acumula crise atrás de crise e envergonhado por tantos escândalos", criticou.

Foi neste momento que a coordenadora do BE se dirigiu "a quem sabe o que se passou e não quer que se repita", mas também "a quem quer políticas consistentes e não uma política de favores" e compromissos com o SNS, educação, habitação, transportes públicos, impostos justos e "compromissos contra a corrupção e contra o abuso".

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