"Atualmente, é publicada muita informação falsa, que não corresponde à realidade. Mesmo os meios de comunicação mais conceituados permitem-se publicar informações falsas", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa telefónica diária.
O porta-voz russo respondeu assim a uma pergunta sobre um artigo publicado no jornal Financial Times, no qual se afirmava que Kyiv está a tentar retomar, com a mediação do Qatar, conversações com Moscovo para colocar fim aos ataques mútuos contra as infraestruturas energéticas.
Segundo o meio de comunicação britânico, as negociações foram interrompidas em agosto, quando as tropas ucranianas invadiram a região russa de Kursk, uma pequena parte da qual mantêm ocupada até hoje.
Peskov sublinhou que a posição da Rússia é bem conhecida e foi delineada no verão passado pelo Presidente russo, Vladimir Putin, na sua "iniciativa de paz".
"Os ucranianos devem abandonar os territórios russos, ou seja, as novas regiões [anexadas] da Federação Russa. Esse foi o conjunto de condições que o Presidente Putin apresentou. Essa foi a sua iniciativa de paz", sublinhou Peskov.
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 e anexou parte de quatro regiões ucranianas, nomeadamente Lugansk, Kherson, Zaporijia e Donetsk.
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