"Não vai haver aporte do Estado" para novo aeroporto de Lisboa

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O ministro das Infraestruturas disse hoje, no parlamento, que não haverá verbas públicas na construção do novo aeroporto de Lisboa, seja de forma direta ou indireta.

"Eu já afirmei aqui que não vai haver aporte do Estado, é nossa intenção que não exista qualquer tipo de aporte dos contribuintes portugueses. Eu já disse em entrevistas, já disse o senhor primeiro-ministro, dissemos todos. O que quer que lhe diga mais?", afirmou em resposta ao deputado do Chega Filipe Melo, na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação.

Ainda questionado pelo mesmo deputado sobre o Estado poder vir a abdicar da partilha das receitas dos aeroportos, estabelecidas nos contratos de concessão, e sobre se isso não significa que haverá um financiamento indireto dos contribuintes ao aeroporto, o ministro recusou e mais à frente na audição voltou ao tema.

"Receitas futuras é nosso entendimento que fazem parte do bolso dos contribuintes portugueses", disse.

O ministro indicou ainda que vai ser criada uma estrutura de missão dentro do IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes para acompanhar a gestão do contrato de concessão da ANA Aeroportos.

Sobre as obras no atual aeroporto de Lisboa, disse que arrancarão em outubro e falou das más condições que os passageiros ali sentem, referindo que recentemente soube que o ar condicionado do terminal 2 não funciona há um mês.

Já sobre a TAP, acusado pelo Chega de estar em silêncio sobre a privatização, afirmou que tem falado recorrentemente sobre o tema e que avançará no momento oportuno.

"Não tenho estado em silêncio, tenho dito e mantido que a TAP é para privatizar", afirmou, acrescentando que esse mesmo processo foi iniciado pelo PS e que não se trata de o relançar porque este Governo nunca o travou.

Contudo, o ministro não deu mais indicações.

Já em 10 de julho, no parlamento, o ministro das Finanças, Miranda Sarmento, recusou avançar com prazos e condições sobre o processo de venda da transportadora aérea.

A TAP comunicou prejuízos de 71,9 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, um agravamento face ao resultado líquido negativo de 57,4 milhões registados no mesmo período do ano passado. Em 2023, a companhia aérea registou um lucro `recorde` de 177,3 milhões de euros, com um prejuízo de 26,2 milhões no último trimestre daquele ano.

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