Nova Expressão acredita que há uma “possibilidade real” de evitar insolvência da Inapa

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A sociedade gerida por Pedro Baltazar, um dos maiores acionistas da Inapa, acredita que ainda pode reverter o processo de insolvência da distribuidora de papel que fez esta segunda-feira essa requisição junto da CMVM.

A Nova Expressão, um dos maiores acionistas da Inapa e que detém 10,85% do capital, vai tentar impedir a insolvência da distribuidora de papel portuguesa com a marcação de uma assembleia geral extraordinária em que, sabe o JE, a sociedade liderada por Pedro Baltazar quer ver discutidos alguns pontos relativos com o pedido de insolvência da distribuidora de papel.

Aquele que é um dos maiores acionistas da Inapa acredita, sabe o JE, que há uma “possibilidade real” de um alternativa que evite a insolvência da Inapa.

Assim, de acordo com documento a que JE teve acesso, a Nova Expressão está disposta fazer uma redução do capital de forma a cobrir os prejuízos e de seguida fazer um aumento de capital com entrada de dinheiro, desconhecendo-se ainda se essa operação será feita com os atuais acionistas da distribuidora de papel ou mesmo com um novo.

A Nova Expressão quer assim discutir a viabilidade económica da Inapa, proceder à discussão e deliberação da redução de capital para cobertura de prejuízos e aumento de capital da Inapa para reforço da cobertura de capital. Por fim, a sociedade liderada por Pedro Baltazar quer designar novos membros do Conselho de Administração da Sociedade.

A Inapa, distribuidora de papel detida na sua maioria pela Parpública, comunicou junto da CMVM que deu entrada com o pedido de insolvência, uma situação que, como explica a empresa, “foi despoletada por uma carência pontual de tesouraria de curto prazo da subsidiária Inapa Deutschland”.

O pedido de insolvência da Inapa deu entrada esta segunda-feira no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste e deveu-se ao facto da Inapa Deutschland não ter conseguido suprir a carência de tesouraria de 12 milhões de euros, para a qual não foi encontrada nenhuma solução de financiamento até 22 de julho, prazo estabelecido pela lei alemã.

Explica a Inapa em comunicado que a insolvência da Inapa Deutschland teve impactos imediatos na casa-mãe, tendo o Conselho de Administração da Inapa deliberado, também a 21 de julho, apresentar a Inapa à insolvência.

No final da semana passada, esperava-se que a Inapa tivesse procedido à entrega do pedido de insolvência, para dar tempo a que seja encontrada uma eventual solução que salve a empresa, incluindo a eventual proposta do grupo japonês JPP, apurou o JE.

O grupo JPP manifestou a intenção de avançar com uma proposta vinculativa para a compra da empresa, mas pediu que a administração da Inapa não avançasse na semana passada com o pedido de insolvência. A Parpública, maior acionista da Inapa, com cerca de 40 por cento do capital, estaria ao corrente das negociações com os japoneses.

No passado domingo, a Inapa, líder em Portugal na distribuição de papel e embalagens, anunciou que iria declarar insolvência “nos próximos dias”, de acordo com informação transmitida pelo grupo empresarial à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

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