Novo aeroporto: Opção Alcochete será submetida a “testes de stress” de custos e ambiente

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Várias fontes ouvidas pelo JE concordam que o Governo tem uma margem limitada de tempo, mas também de escolha. Se, por um lado, uma escolha rápida implica alinhar com a principal conclusão do relatório da CTI – Alcochete – por outro, poderá optar, no seguimento, por pedir uma análise mais fina dos impactos económicos e orçamentais.

A opção Alcochete para o novo aeroporto de Lisboa deverá ter que ser submetida a “testes de stress” de custos e de ambiente, de acordo com informação avançada esta sexta-feira pelo JE na edição impressa que também pode ser consultadas nas plataformas digitais.

Uma decisão rápida sobre a localização do novo aeroporto: essa foi uma das promessas que constava no programa de Governo da Aliança Democrática e que foi reforçada pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e mais recentemente pelo ministro da Presidência, António Leitão Amaro. E em termos práticos, o que é que isso significa?

Os trabalhos preparatórios mais recentes sobre este tema são os que foram feitos pela Comissão Técnica Independente (CTI), liderada por Rosário Partidário, que apontaram a solução de construir de raiz um aeroporto internacional em Alcochete, beneficiando de uma terceira travessia sobre o Tejo (TTT) e uma ligação ferroviária de Alta Velocidade. Propunha ainda um reforço (provisório)da capacidade do Aeroporto Humberto Delgado até à conclusão da primeira fase de construção do novo aeroporto, que estaria concluída até 2030. Ou seja, seria esse o ano em que o primeiro avião poderia aterrar na nova estrutura (que, nas estimativas da CTI, em fase plena de funcionamento seria um dos maiores do mundo).

O relatório final da CTI motivou críticas de vários quadrantes, incluindo de alguns dos autores dos estudos que nele são citados, e que foram realizados especialmente para o efeito. O caso mais grave é o da Análise Económico-Financeira, que terá sido feito sem que os especialistas tivessem tido acesso a todos os dados relativos à procura e ao respectivo impacto da TTT e da Alta Velocidade.

Várias fontes ouvidas pelo JE concordam que o Governo tem uma margem limitada de tempo, mas também de escolha. Se, por um lado, uma escolha rápida implica alinhar com a principal conclusão do relatório da CTI – Alcochete – por outro, poderá optar, no seguimento, por pedir uma análise mais fina dos impactos económicos e orçamentais. Ou seja, pode pedir à UTAPum estudo mais aprofundado dos custos globais para o contribuinte e o impacto na dívida pública.

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